Polícia

Após Marcelo Castro entrar com queixa-crime, ex-deputado provoca: 'fujão'

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Marcelo Castro pede R$ 100 mil de indenização, após Marcell Moraes o chamar de "ladrão"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 29/03/2023, às 09h24



O repórter Marcelo Castro, da RecordTV Itapoan, que está sendo investigado por suspeita de participar de um esquema de desvio de doações feitas por meio de transferências Pix, protocolou uma queixa-crime contra o ex-deputado estadual Marcell Moraes por calúnia e injúria. O ex-parlamentar afirmou nas redes sociais que o jornalista está por trás dos supostos desvios, embora a Polícia Civil ainda não tenha concluído o inquérito sobre o caso.

Em entrevista ao BNews, Moraes afirmou que não retrocede "nenhum milímetro” do que disse, e que a ação judicial foi movida contra ele como “uma forma de ganhar tempo e desfocar o fato”. A defesa de Castro pede uma indenização acima de R$ 100 mil.

“A ação dele não vai retroceder nenhum milímetro da minha luta. É uma forma de ganhar tempo e desfocar o fato. Marcelo nunca se pronunciou e vive dentro do apartamento dele. [O dinheiro da indenização] deve ser para pagar parte dos R$ 800 mil desviados ou a viagem que ele fez para Dubai”, ironizou o ex-parlamentar. “Marcelo fujão, cadê o dinheiro, ‘Juca’? Não vai ganhar e ainda vai pagar as custas processuais”, completou.

Quando o caso do suposto desvio veio à tona, o repórter estava de férias em Dubai, nos Emirados Árabes, com a então noiva Daniela Mazzei, que também é jornalista da RecordTV Itapoan. Além de Marcelo, um produtor da emissora também é investigado.

O ex-deputado afirma que ainda não foi notificado judicialmente sobre a queixa-crime e que, antes de Castro passar a ser apontado como suspeito do crime, mantinha uma boa relação com o repórter. “Poderia ser a minha irmã ou mãe, não sou conivente com coisas erradas. Vou continuar falando até ele ser preso”.

Investigação

Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber) investiga "15 casos possíveis de fraudes que teriam ocorrido por meio de arrecadação de doações para pessoas em estado de vulnerabilidade social, em campanhas divulgadas em uma emissora de televisão".

"Dois jornalistas, outros funcionários da emissora, são investigados e pessoas que cederam a chave Pix para a transação têm o nível de participação apurado. Três aparelhos celulares foram apreendidos e passam por perícia. Demais detalhes não podem ser divulgados, pois a investigação encontra-se na fase de inteligência policial, o que demanda o sigilo necessário para a realização", diz trecho do comunicado da instituição. 

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