Suspeitos do esquema do Pix da Record já foram ouvidos? Saiba como estão as investigações

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber) continua investigando o esquema do Pix da RecordTV Itapoan, que tem como principais suspeitos o repórter policial Marcelo Castro e o editor Jamerson Oliveira. A Polícia Civil apura a denúncia de que os dois teriam desviado algo em torno de R$ 800 mil — dinheiro que seria de doações de telespectadores para pessoas em estado de vulnerabilidade social que, vez ou outra, eram personagens de matérias jornalísticas.

De acordo com a defesa de Castro e Oliveira, os dois ainda não foram ouvidos pelo delegado responsável pela apuração, mas estão à disposição das autoridades policiais para darem suas versões sobre o caso, assim que forem convocados. O advogado Marcus Rodrigues disse, em entrevista ao BNews, que acredita que seus clientes devem ser ouvidos assim que a investigação colher os depoimentos de todas as supostas vítimas.

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Rodrigues ressaltou que o repórter e o produtor “negam veementemente” a acusação que recaem sobre eles. Tanto Marcelo quanto Jamerson ainda fazem parte do quadro de funcionários da emissora. Ambos estão de férias. Inclusive, o repórter policial estava na companhia da então noiva, a também jornalista Daniela Mazzei, em Dubai, nos Emirados Arábes, quando o caso do suposto desvio veio à tona. 

O delegado Charles Leão, que está à frente da apuração, não concede entrevista à imprensa, mas, por meio de nota, a Polícia Civil informou, que, "na nova fase das apurações, depoimentos, matérias jornalísticas, vídeos e prints de redes sociais estão sendo analisados".

A instituição informou ainda que "aparelhos celulares de familiares de uma das pessoas que figura como vítima foram encaminhados para perícia, no Departamento de Polícia Técnica (DPT)".

“O titular da DreofCiber, responsável pelo inquérito policial, solicita às pessoas que se identificam como vítimas no contexto do caso investigado, o comparecimento na unidade, no bairro da Mouraria, munido de documentos, prints e outros elementos probatórios.”, diz trecho do comunicado da PC.