Polícia

Pai acusado de fazer filmes com o estupro dos filhos é preso após dois meses foragido

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Estupro acontecia desde que crianças foram adotadas pelo suspeito  |   Bnews - Divulgação Reprodução/São Roque Notícias

Publicado em 14/12/2023, às 17h50   Cadastrado por Sanny Santana



Após dois meses foragido, um homem acusado de fazer vídeos de pedofilia envolvendo seus dois filhos adotivos acabou sendo preso. Juliano Viero Bordinoski, de 42 anos, foi preso no Hospital Emílio Ribas, na capital de São Paulo, no início da tarde desta quinta-feira (14).

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O homem, que é pai adotivo de dois adolescentes, estava internado na unidade especializada em infectologia há dez dias por causa de complicações relacionadas ao vírus HIV, do qual é portador.

Policiais estavam atrás do suspeito, que é comissário de bordo aposentado, desde que a investigação constatou que ele era o autor dos vídeos pornográficos. As gravações aconteciam desde que as crianças foram adotadas, há sete anos.

De acordo com o Metrópoles, um vídeo no qual um enfermeiro abusa de um garoto de 9 anos, em 2019, ajudou a polícia a descobrir um esquema de pedofilia organizado pelo pai adotivo da criança.

O profissional de saúde José Aparecido da Silva, de 48 anos, foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporário, expedido pela Justiça na segunda-feira (11), em São Vicente, litoral paulista. Ele também é soropositivo e, segundo o site, teria contraído o vírus por ter se relacionado intimamente com Juliano.

A vítima, atualmente com 13 anos, será submetida a exames para verificar se ela foi contaminada com HIV. Investigações da DDM de Barueri identificaram José como o homem que mantém relações sexuais no vídeo com a criança, que está sob os cuidados do Conselho Tutelar. 

O registro e a direção das cenas de sexo foram feitos pelo pai da vítima, que a adotou juntamente com o irmão, dois anos mais velho. A prisão do enfermeiro resultou da quebra do sigilo telefônico de Juliano.

Juliano, que é cadeirante, adotou os dois irmão em Mauá, na região metropolitana, quando ambos tinham 6 e 8 anos. O homem, na ocasião, mantinha um relacionamento de mais de 10 anos com outro homem, que desconhecia os abusos. O relacionamento de ambos acabou há cerca de um ano.

Após as adoções, a família se mudou para São Roque, cidade onde as crianças teriam sido abusadas por terceiros, sob a supervisão do pai.

Ele se aproveitava das ausências do companheiro, em viagens, por exemplo, para produzir conteúdo de pornografia infantil com os próprios filhos, como mostram as investigações da DDM.

A situação durou até 2019, quando a família se mudou para Barueri e o filho mais velho foi morar com um parente, fora de São Paulo.

A vítima de 13 anos foi acolhida pelo Conselho Tutelar de Barueri no final de setembro, após ser encontrada na rua tarde de noite suja, descalça e com fome. O garoto afirmou aos conselheiros que não pretendia voltar para casa e que vinha sofrendo violência física e psicológica por parte do pai cadeirante.

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