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PCC utiliza artimanhas para esconder "dinheiro sujo"; entenda o esquema

Polícia Federal / Divulgação
Segundo o MPSP, o fracionamento do dinheiro é feito para dificultar o rastreamento dos valores oriundos do tráfico de drogas  |   Bnews - Divulgação Polícia Federal / Divulgação
Camila Vieira

por Camila Vieira

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Publicado em 15/07/2023, às 08h19


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Para ocultar o dinheiro sujo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) utiliza artimanhas. Entre as práticas apontadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) está o pagamento de pessoas para transportem dinheiro vivo em mochilas.

Entre os integrantes do PCC, elas são chamadas de “formigas”. Segundo o MPSP, o fracionamento dos valores é feito para dificultar o rastreamento do dinheiro oriundo do tráfico de drogas. O limite permitido por cada viagem é de R$ 250 mil. 

Caso a formiga seja interceptada pela polícia e o dinheiro apreendido, a pequena quantidade minimiza o prejuízo da facção. Além das formigas, a maior facção criminosa do Brasil também usa de outras formas dissimuladas para transportar dinheiro vivo, de acordo com a Promotoria paulista. 

 Uma delas é o transporte em carros nos quais são adaptados cofres ocultos. Os veículos são periodicamente substituídos, para dificultar sua identificação.

De acordo com o MPSP, esses veículos são guiados por motoristas que não possuem nenhum antecedente criminal, mais um recurso para evitar a desconfiança em eventuais abordagens policiais. 

 “Desta forma, o dinheiro é afastado do seu local de origem, isto é, dos pontos de comercialização de entorpecentes, para posterior retorno à economia formal ou mesmo ao sistema financeiro oficial, sem que as autoridades consigam detectar as atividades criminosas que o geraram e mesmo sua movimentação, não obstante a relevante quantidade de dinheiro que é movimentada”, diz trecho de uma denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) feita contra lideranças do PCC. 

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