Polícia

Perícia em celular do assassino de Marcelo Arruda pode mudar rumo das investigações

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Para a delegada do caso ainda não há provas para indiciar o assassinato como crime político  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 16/07/2022, às 13h43   Redação



A perícia no celular do policial federal e apoiador de Bolsonaro, Jorge Guaranho, pode trazer fatos novos sobre o assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. A delegada responsável pelo caso, Camila Cecconello, disse nessa sexta-feira (15), que o resultado da análise do aparelho móvel do autor do crime pode mudar o rumo das investigações.

“A primeira providência que nós tomamos foi solicitar e foi tentar descobrir quem estava na posse desse celular, e imediatamente representamos pela apreensão do celular e pela autorização para acesso. E extração dos conteúdos desse celular é importante sim, porque no celular muitas vezes o autor pode ter comentado que ia fazer, pode ter dado alguma opinião. Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação”, afirmou a delegada em entrevista à GloboNews.

Após críticas sobre a antecipação de conclusão dos trabalhos, a delegada justificou já ter elementos para indiciar o suspeito já que tem um prazo para cumprir que termina na próxima terça-feira (19). O policial penal Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e perigo coletivo, ao oferecer risco para as outras pessoas.

A delegada esclareceu ainda que não há provas para enquadrar o assassinato como um crime político. “Para você enquadrar num crime político, que é a lei de crimes contra o estado democrático de direito, você tem alguns requisitos, como, por exemplo, impedir ou dificultar uma pessoa de exercer os seus direitos políticos. Então, é complicado a gente dizer que esse homicídio ocorreu porque o autor queria impedir o exercício dos direitos políticos daquela vítima”, disse a delegada.

“Nesse primeiro momento, fica muito claro eu houve uma provocação e uma discussão em razão de opiniões políticas. Agora, quando ele retorna pra casa e resolve voltar, não há prova nos autos suficientes que indiquem que ele voltou porque ele queria cometer um crime de ódio contra uma pessoa ou pessoas de outro partido político que não o dele”, concluiu.

Para a defesa da família de Marcelo Arruda não há dúvidas sobre a motivação do crime. “O caso do Marcelo, continuamos destacando, foi com cunho político. O assassinato dele teve motivações de intolerância política, um crime de ódio”, diz o advogado Ian Vargas.

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