Polícia

PF faz operação contra bando que usa impressora 3D para montar arma traficada ao Brasil

Agência Brasil
A operação Florida Heat visa cumprir sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Campo Grande (MS) e em Miami, nos Estados Unidos  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 15/03/2022, às 12h17   Folhapress


FacebookTwitterWhatsApp

Cerca de 50 agentes da Polícia Federal estão na rua nesta terça-feira (15) para desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de armas entre o Brasil e os Estados Unidos. Após trazer o material escondido em máquinas de solda e impressoras ao país, o bando montava o armamento usando impressoras 3D.
A operação Florida Heat visa cumprir sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Campo Grande (MS) e em Miami, nos Estados Unidos, expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A Justiça determinou também o sequestro de bens avaliados em R$ 10 milhões.
Segundo as investigações, que duraram dois anos, a organização adquiria o armamento nos Estados Unidos e, depois, enviava ao Rio de Janeiro, onde as armas ficavam armazenadas em uma casa no bairro de Vila Isabel, zona norte da cidade.

Leia mais:

Renato Kalil afirma que mulher tinha "irritabilidade" e era acompanhada por psiquiatra

Mulher morta pelo marido trancou irmã e filha no quarto para que elas não vissem a agressão

MP-BA pede interdição de cozinhas da Cadeia Pública e Penitenciária Lemos Brito

Os criminosos mandavam do Brasil para os EUA o dinheiro para comprar as armas. Os investigadores identificaram que um empresário brasileiro em Boston intermediava a operação.
Dono de uma churrascaria, ele recebia parte do dinheiro e o repassava para os traficantes dos EUA, que usavam os valores para investir em imóveis, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo.
Depois da compra, as armas chegavam ao Brasil por meio de navios ou encomendas postais e ficavam escondidas dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras. Elas também eram despachadas ao lado de outros objetos, como telefones, suplementos alimentares, roupas e calçados.
Uma vez em Vila Isabel, o armamento era retirado por integrantes da quadrilha, que montavam as armas usando impressoras 3D. Após esse processo, eles mandavam as armas para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.
A operação é feita com o Ministério Público Federal e contou com a colaboração do GAECO (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio).
No mês passado, a PF também deflagrou outras ações em conjunto com agentes dos EUA. As operações Brutium e Turfe aconteceram em cinco estados e tinha como objetivo combater o tráfico internacional de drogas. Ao menos 200 policiais saíram às ruas para cumprir 86 mandados judiciais. As operações terminaram com mais de 20 pessoas presas no Brasil e no exterior.

Siga o BNews no Google Notícias e receba os principais destaques do dia em primeira mão!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp