Polícia
"Caveirão do tráfico”. Assim está sendo chamado o veículo BMW blindado encontrado por policiais civis do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (06), no Complexo da Maré, na capital fluminense, durante a Operação Torniquete. O automóvel foi apelidado com esse nome por ter sido modificado e ficar com características semelhantes ao veículo blindado da Polícia Militar usado em incursões em regiões de risco.
Um vídeo gravado pelos agentes mostram os buracos feitos na blindagem da BMW e que são usados por suspeitos envolvidos com o crime para acomodar os fuzis durante confronto com rivais e policiais. Os buracos são semelhantes as escotilhas - aberturas laterais que dão estabilidade e apoio aos fuzis - do caveirão da PM do Rio.
Durante a operação, que tem o objetivo de combater roubos de cargas e de veículos no Complexo da Maré, na Baixada Fluminense e em outros estados do país. Além de apreender o veículo, os policiais prenderam cinco suspeitos e um homem morreu em confronto. Outros sete veículos e diversos dispositivos eletrônicos também foram apreendidos.
De acordo com matéria da CNN Brasil, as investigações tiveram início em meados de 2024, após vários registros de ocorrências indicarem que homens que integram dois grupos criminosos estavam escondidos no Complexo da Maré. Vinculados ao Comando Vermelho, eles foram apontados como sendo os responsáveis pelos grandes roubos de cargas do estado do Rio de Janeiro.
Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) identificaram a estrutura dos grupos após a prisão de um de seus integrantes. O homem revelou a existência de um “escritório” na Maré, onde os suspeitos se reúnem para planejar os roubos de cargas e a revenda dos bens subtraídos.
No suposto escritório, localizado no Parque União, foram encontrados quatro computadores contendo informações privilegiadas de algumas empresas. Os dados teriam sido repassados pelos próprios funcionários dos estabelecimentos. Nos equipamentos também têm informações de empresários que receptam as cargas roubadas. O local também era usado para armazenar armas e equipamentos para bloquear GPS.
Ainda de acordo com a polícia, os dois líderes dos grupos estão com mandados de prisão em aberto por roubo de cargas. No curso da investigação, a Polícia Civil identificou que os grupos agem nas principais vias do estado e que o transporte das cargas roubadas é feito em comunidades de Duque de Caxias e nos complexos do Alemão, da Maré e de Manguinhos. A Operação Torniquete aconteceu simultaneamente em outros estados do país, onde também foram cumpridos 74 mandados de busca e apreensão.
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