Polícia

Oeste Legal: empresários do ramo agropecuário são os principais alvos

Publicado em 25/08/2016, às 08h36   Redação Bocão News



Empresários do ramo agropecuários são alguns dos alvos da Operação Oeste Legal, deflagrada por determinação da Vara do Crime Organizado, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Departamento de Combate ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil da Bahia na manhã desta quinta-feira (25), no oeste da Bahia. A ação faz parte da Operação Oeste Legal e acontece em Barreiras, no Oeste do estado.
O grupo investigado atuava com grilagem de terras no município de Formosa do Rio Preto, também no Oeste. Usando documentos fraudulentos, após conseguirem transferir as terras para os nomes de pessoas e empresas ligadas ao grupo, os criminosos faziam operações bancárias e financeiras, dando as terras como garantia. Em seguida, após receberem milhões nas transações, repetiam o procedimento utilizando novos documentos forjados.
Entre os investigados está Vicente Toyoko Okamoto, dono da Algodoeira Goeire e Assaimenka Indústria de Alimentos Ltda. Okamoto é acusado de grilar terras usando poderio econômico para fraudar e burlar o que fosse necessário. 
O empresário Nelson José Vigolo, da Bom Jesus Agropecuária, também é alvo. Ele é apontado como quem deu continuidade ao esquema de grilagem após Okamoto deixar o grupo. 
O principal articulador do grupo seria Getúlio Vargas da Fonseca, conhecido como Getulhão, que já foi preso no Piauí, durante a Operação Mercadores. O filho de Getulhão, Getúlio Vargas da Fonseca Filho, é acusado de usar empresas, ocultar valores arrecadados em transações bancárias e financeiras oriundas das terras por meio de fraudes. 
O secretário do Meio Ambiente de Formosa do Rio Preto, Mario Eduardo Mignot, também é acusado de envolvimento no esquema. Ele é acusado de utilizar o cargo para facilitar as atividades do grupo, despachando decisões administrativas. 
Outro membro da quadrilha é Luis Rosa Filho, conhecido como Lulinha, especialista em falsificar escrituras públicas de terras para o grupo criminoso.
A operação tem o objetivo de combater grupos organizados de grilagem de terras que já aplicaram golpes com prejuízo superior a R$ 30 bilhões. A ação acontece também em Mato Grosso e no Paraná e conta com mais de 100 policiais.
Além da Vara do Crime Organizado, a Corregedoria das Comarcas do Interior do TJBA participa com a ação do juiz corregedor Márcio Braga, acompanhado de dois servidores, nos cartórios extrajudiciais de Barreiras, onde eram realizadas fraudes de documentos. Também foram expedidos mandados judiciais para os órgãos públicos Inema, Ibama e Incra.

Classificação Indicativa: Livre

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