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Advogado de PM acusado de agressão nega racismo e diz que governador pode responder por crime de abuso de autoridade

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Segundo o advogado, policial está com "abalo psicológico"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 10/02/2020, às 19h55   Léo Souza e Aina Kaorner


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O advogado Dinoemerson Nascimento, que defende o policial militar Laercio Sacramento, acusado de agredir um adolescente durante uma abordagem, em Paripe, no último dia 02 de fevereiro, negou que a ação do policial seja considerada racismo.

“Laercio, em momento algum, cometeu qualquer crime de racismo, sem sombra de dúvida. E isso vai ser provado, se tiver processo criminal. Algumas pessoas estão sendo ouvidas, inclusive as que presenciaram os fatos. Estou aguardando chegar em minhas mãos o vídeo completo e vocês entenderão o que aconteceu naquele momento”, disse Dinoemerson, nesta segunda-feira (10), em coletiva de imprensa.

“Meu cliente está com um abalo psicológico pela forma que estão interpretando os fatos, chamando ele de racista e criticando. Ele teve que bloquear as redes sociais, não está saindo nas ruas, por um fato que ele sequer cometeu”, defendeu.

O advogado ressaltou ainda que, com a vigência da nova Lei de Abuso de Autoridade, o comandante geral da Polícia Miliar da Bahia, coronel Anselmo Brandão, e o governador do estado, Rui Costa, podem responder criminalmente.

“O comandante geral e o governador do estado estão antecipando a reprimenda de um policial que sequer foi instaurado qualquer processo em desfavor dele. A partir do momento que eles vão à imprensa culpabilizando o policial, cometem crime de abuso de autoridade, sim. Agora vamos aguardar as autoridades competentes e o Ministério Público para ver o que vai acontecer em desfavor do governador e do comandante geral”, ressaltou.

Procurado pela reportagem, o governo não se manifestou.

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