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Por que o PCC quer acabar com a 'droga do efeito zumbi'

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A K9 ou a 'droga do efeito zumbi' está causando uma onda de destruição  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais e Pexels

Publicado em 09/05/2023, às 12h16 - Atualizado às 12h57   Nilson Marinho


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Quem resolve usá-la perde completamente os estímulos externos, tem convulsões e pensamentos desordenados. A droga chamada K9, que também é apelidada de “supermaconha” ou “droga do efeito zumbi”, está devastando a maior cidade do país e preocupando autoridades Brasil afora. Em São Paulo, a desordem e a onda de violência fizeram com que a facção criminosa com atuação em 22 dos 27 estados brasileiros, o Primeiro Comando da Capital (PCC), proibisse a venda do entorpecente no centro da capital paulista.

A Polícia de São Paulo afirmou que a proibição passou a valer em fevereiro, mas ainda é possível ver milhares de pessoas vagando pelas ruas sob os efeitos devastadores da droga. O PCC teria determinado banir o uso da K9 na região da Cracolândia porque a substância acentuou os conflitos entre os dependentes químicos, além de causar sequelas graves em quem se arrisca a experimentá-la.

A K9 é classificada como um canabinóides sintético, ou seja, desenvolvida em laboratório, e sua potência chega a ser cem vezes maior que a “versão tradicional” de um "baseado". Os estudiosos afirmam desconhecer todos os efeitos que ela pode causar no ser humano.

Foi o próprio PCC inclusive que teria importado a droga dos EUA para o Brasil para torná-la popular nos presídios, como afirmou o delegado Fernando Góes Santiago, do Departamento de Investigação sobre Narcóticos de São Paulo, em entrevista ao R7, em abril deste ano.

Em sua forma líquida, o narcótico pode ser borrifado em um pedaço de papel e facilmente chegar às celas como uma simples carta enviada por familiares. Fora das grades, a potente substância leva os seus dependentes à prisão do vício e suas famílias à destruição.

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