Polícia

Preso médico acusado de manter paciente em cárcere privado por complicações em cirurgia

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A denúncia foi deita pela família da vítima, mas hospital nega as acusações. O médico é acusado de não deixar paciente ser transferida para outra unidade de saúde  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Tv Globo

Publicado em 19/07/2022, às 08h42   Redação


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Preso o médico suspeito de manter uma paciente em cárcere privado em um hospital particular da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (18). Além da prisão do cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, os policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias foram a unidade de saúde resgatar a mulher.

De acordo como G1, a denúncia foi feita pela família da paciente que está no hospital há quase dois meses após o procedimento estético na barriga, abdominoplastia, ter dado errado ao ponto da barriga dela ter necrosado. Durante a prisão, o médico não teceu comentários sobre o assunto. Já o hospital Santa Branca, disse em nota que as acusações são infundadas.

Por meio das redes sociais, a equipe de trabalho do cirurgião plástico negou as acusações de que o médico estaria mantendo a paciente em cárcere privado. A publicação explicou ainda que Bolívar quis liberar a mulher desde que ela assinasse um documento se responsabilizando sobre a recuperação após a alta.

"Ele não estava mantendo paciente nenhuma em cárcere privado. Ela estava fazendo curativo e sendo assistida no hospital dele por ele. Porém ela queria ser liberada sem ter terminado o tratamento e ele como médico seria imprudente de liberá-la. Ele disse que poderia liberá-la se ela assinasse a alta à revelia (documento ao qual a paciente se responsabiliza por qualquer coisa que acontecer após sua liberação) e ela não quis assinar ", dizia a publicação.

Durante as investigações na sexta-feira (15), os policiais entregaram um aparelho celular para manter contato com a paciente e quando ligaram ouviram um pedido de socorro. Ela implorava para sair de lá com medo de morrer. Os agentes também solicitaram o prontuário e o relatório médico que até a segunda-feira (18) não tinham sido entregues.

Hospital dificultou acesso

No hospital, os policiais foram recebidos pela advogada da unidade médica, que tentou impedir o contato com a paciente sob alegação de que ela estaria sedada. Mesmo assim, a polícia entrou e localizou a mulher, que chorava muito.

Os agentes fizeram fotos sobre o estado de saúde da paciente e pediram na justiça a prisão do cirurgião, o que foi concedido. Outros casos parecidos envolvendo o mesmo médico são investigados pela polícia.

Veja a nota na íntegra enviada pelo hospital:

"Hospital Santa Branca Ltda vem através de sua diretoria em atenção aos comunicados veiculados nas mídias escritas, narradas e digitais manifestar-se publicamente sobre acusações infundadas de CÁRCERE PRIVADO no interior das suas dependências.

Tal crime decorre do verbo encarcerar, que significa deter, ou prender alguém indevidamente e contra sua vontade. No crime de cárcere privado, a vítima quase não tem como se locomover, sua liberdade fica restrita a um pequeno espaço físico, como um quarto ou um banheiro.

Com 43 anos de funcionamento, essa Unidade desconhece tal prática dentro do seu estabelecimento, sempre buscando zelar pela saúde física e mental de seus pacientes, prezando pelo direito de ir e vir dos mesmos, amparado por um equipe multidisciplinar profissional, centros cirúrgicos e CTI com 20 leitos operando 24 horas por dia. Nossas salas cirúrgicas são locadas.

Repudiamos quaisquer práticas criminosas que nos foram indevidamente atribuídas! Tal acusação é absurda!

Além disso, o Dr. Bolivar Guerrero não pertence ao quadro societário desta empresa, como descrito pela imprensa."

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