Polícia

PRF quer demissão de policial suspeito de ensinar 'câmara de gás'; veja vídeo

FOTO: ARQUIVO/PRF
A PRF enviou ao Ministério da Justiça um pedido para demitir um policial, vítima alega ter sido torturada  |   Bnews - Divulgação FOTO: ARQUIVO/PRF

Publicado em 26/10/2023, às 12h55   Cadastrado por Maycol Douglas


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Um pedido ao Ministério da Justiça foi enviado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) solicitando a demissão do policial Ronaldo Bandeira, membro da PRF em Santa Catarina.

A solicitação é resultado do processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra Ronaldo Bandeira após a revelação de que o membro da PRF, que também dá aula em cursinho preparatório, explica aos alunos como fazer uma "câmara de gás" em uma viatura.

O método ensinado pelo policial e pelo professor é muito similar ao caso ocorrido com Genivaldo Santos, que aconteceu em 2022, quando servidores da PRF do estado de Sergipe asfixiaram o homem de 38 anos até a morte, depois de prendê-lo em uma viatura cheia de gás lacrimogêneo.

O vídeo em que Ronaldo Bandeira fala sobre como fazer a "câmara de gás" está viralizando nas redes sociais. O policial aparece dentro de uma sala de aula relatando que usou esse procedimento em uma abordagem, juntamente com outros policiais.

"A gente estava na parte de trás da viatura, ele ainda tentou quebrar o vidro da viatura com chute. Ficou batendo o tempo todo", conta o policial.

Então, Ronaldo fala que nesse momento a polícia abre o porta-malas e aplica o spray de pimenta no camburão. "A pessoa fica mansinha. Daqui a pouco só escutei: 'Vou morrer! Vou morrer'. Aí eu fiquei com pena, cara. Abri [e falei] assim: 'Tortura!', e fechei de novo", dise Ronaldo, rindo. O professor conclui dizendo: 'Sacanagem, fiz isso, não".

De acordo com a corregedoria da PRF, a vítima do espisódio em questão foi localizada e confirmou todas as agresões na abordagem.

Portanto, as conclusões enviadas para o Ministério da Justiça pedem a demissão do policial rodoviário baseando-se na agressão e no relato em sala de aula registrado em vídeo. Em nota, a defesa de Ronaldo Bandeira disse que vai recorrer a decisão.

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