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Caso Genivaldo: Viúva do homem morto asfixiado pela PRF deixa filho ‘ileso’ de tortura; entenda

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Agentes da PRF trancaram Genivaldo Santos dentro da viatura cheia de fumaça de gás lacrimogêneo  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter
Cadastrado por Pedro Moraes

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Publicado em 21/05/2023, às 11h42


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Pouco menos de um ano após a morte de Genivaldo Santos, o filho da vítima de uma intervenção policial, ainda não sabe que o pai foi torturado. A viúva Maria Fabiana Santos, depois dos quase 12 minutos de tortura impostos ao ex-marido, optou por deixar o filho ‘ileso’ desse detalhe.

“Ele acha que o pai foi morto a tiros. Não sabe que o pai foi torturado, essa é uma dor pela qual ele ainda vai passar, é uma dor com a qual ele ainda vai ter contato”, explicou, em entrevista ao portal g1.

No dia 25 de maio de 2022, Genivaldo foi assassinado, aos 38 anos, depois de ficar dentro de uma viatura cheia de gás tóxico, quando foi trancado por três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e forçado a inalar gás lacrimogêneo.

Relembre:

Antes de ser torturado, ele foi abordado por trafegar de moto sem o uso de capacete na BR-101, na cidade de Umbaúba, localizada no estado de Sergipe. William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho, os policiais envolvidos na ação, estão presos desde 14 de outubro de 2022.

No próximo passo da Justiça, eles devem ir a júri popular, mediante determinação da Justiça Federal. Do contrário, não há previsão de quando o julgamento ocorrerá. Para a mãe de Genivaldo, Maria Vicente de Jesus, a vida da família foi totalmente influenciada pela tragédia.

“Para mim foi ontem, não tem sono que preste, não tem comida que preste. Ele morreu que nem um porco amarrado. Mataram um inocente, que não fez nada com ninguém, não tem um dia para eu não chorar”, relatou a mãe, em entrevista ao portal g1. 

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