Principais facções criminosas brasileiras atuam em 24 estados e no Distrito Federal; saiba detalhes

Existem 70 facções criminosas no sistema carcerário brasileiro e as principais delas são o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), que  atuam em 24 estados e no Distrito Federal. As informações são do Ministério da Justiça e Segurança Pública, segundo publicou a reportagem da Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (14).

O dados apontam, segundo a reportagem, que o CV está presente em presídios de 21 estados, seis a mais do que em 2022. Já o PCC está em 23 estados, dois a mais do que no ano anterior.

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Das 70 facções atuantes no sistema penitenciário brasileiro, apenas o Comando Vermelho e o PCC possuem alcance nacional. Outras 13 têm atuação regional, enquanto 55 têm influência restrita a nível local.

Com dados da Rede Nacional de Inteligência Penitenciária, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) mapeou o poder das facções criminosas, identificando 21 delas como de alto impacto. Esse cálculo considera fatores como a atuação de advogados, a força financeira, a estrutura hierárquica, a quantidade de aliados e inimigos dentro do sistema prisional.

Nascido no Rio de Janeiro, as pesquisas apontam que o Comando Vermelho teve um crescimento expressivo ao se expandir para o Norte e Nordeste do país. Esse processo começou no sul da Bahia e chegou a Salvador, onde firmou uma aliança com a facção Comando da Paz. O grupo é mais difícil de monitorar por não ser tão organizado quanto o PCC - que possui contabilidade dos membros da facção e até mesmo das armas presentes nas unidades prisionais.

Os grupos surgiram para reivindicar melhorias dentro dos presídios e ao longo do tempo, foram se fortalecendo no mundo do crime e consequentemente, no tráfico de drogas. Na região Norte, o CV assumiu o controle do tráfico no Amazonas após o enfraquecimento da facção Família do Norte, que dominava o estado. Brigas entre os três fundadores presos em penitenciárias federais levaram ao colapso do grupo.

Além dos presídios, as facções criminosas tentam ampliar seu domínio na esfera pública e utilizar governos federal, estaduais e municipais para viabilizar seus interesses.