Polícia

Professora baiana relata importunação sexual em voo: 'Estava se masturbando ao meu lado'

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Professora usou as redes sociais para relatar episódio de assédio em voo entre Dubai e São Paulo  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 25/08/2023, às 18h42 - Atualizado às 18h56   Cadastrado por Victória Valentina


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A professora Carol Magalhães, que leciona na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), usou as redes sociais para expor que foi vítima de assédio sexual durante um voo que saía de Dubai, nos Emirados Árabes, com destino a São Paulo. Segundo a vítima, um dos passageiros se masturbou ao seu lado e o comissário de bordo lidou com a situação com descaso.

Através de seu Instagram, Carol, que é professora de nutrição e mestra de cultura popular, contou que a situação ocorreu no dia 8 de agosto, mas só publicou o relato no último domingo (20). Ela voltava de uma viagem de trabalho no Japão.

"Em voo da Emirates (EK-261) para São Paulo, fiz reclamação ao comissário de bordo da empresa de transportes aéreos de um passageiro que estava se masturbando ao meu lado. O comissário de bordo pôs em dúvida o referido episódio, deu mais ênfase ao nervosismo do meu esposo e ainda exigiu que eu mantivesse distância e total ausência de contato com o referido importunador durante as 8h restantes de voo", escreveu em seu perfil.

Em entrevista ao Uol, Carol contou que o suspeito "estava todo coberto, assistindo a um filme", quando percebeu que ele estava manuseando a genitália com movimentos verticais. A vítima estava sentada no assento do meio, enquanto o marido dormia na poltrona próxima à janela. O suposto importunador estava na cadeira do corredor.

Ainda segundo a docente, o suspeito chegou a se ajoelhar e disse que era cristão. "Ele negou que estivesse se masturbando, disse que estava manipulando pílulas e mostrou duas pílulas azuis", disse. Carol, no entanto, não acreditou na versão.

"Situações como estas reúnem sempre os mesmo atributos: palavra do homem validada em detrimento da palavra da vítima feminina; preocupação majoritária com os prejuízos trazidos a honra do homem em detrimento dos traumas causados a vítima direta da importunação sexual; sentimentos e consequências morais e emocionais completamente ignoradas; nenhum apoio moral e emocional por parte dos superiores da empresa responsável", escreveu no relato.

Em nota, a Emirates afirmou que não recebeu nenhum pedido da passageira e nem das autoridades brasileiras. 

"A Emirates tem como prioridade a segurança e o bem-estar de seus passageiros e todos os membros de sua tripulação são treinados para lidar com qualquer forma de comportamento inadequado a bordo. Até o presente momento a Emirates não recebeu nenhum tipo de pedido da passageira ou das autoridades brasileiras, mas permanece à disposição para fornecer qualquer informação ou esclarecimento sobre os fatos alegados", disse a empresa.

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