Polícia

Professora denuncia que foi demitida após ter 'nudes' vazados por alunos: "Violada"

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Escola nega ter demitido professora por causa do ocorrido  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View

Publicado em 27/03/2024, às 12h49   Cadastrado por Sanny Santana


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Uma professora de história alega ter sido demitido de um colégio após ter suas fotos nuas vazadas por estudantes que invadiram pastas privadas do seu celular pessoal na Escola Estadual Doutor Gerson De Faria Pereira, localizada em Alto Paraído de Goiás, no entorno do Distrito Federal.

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Segundo Bruna Flor de Macedo Barcelos, as imagens vazaram após ela emprestar o telefone para que alunos pudessem tirar fotos de um evento escolar que, depois, seriam usadas em uma atividade pedagógica. No entanto, eles acessaram pastas particulares e compartilharam as imagens com os colegas.

"Me senti violada, violentada. Na sequência, a gestão da escola criou um ofício dizendo que os estudantes se sentiam constrangidos de assistirem às minhas aulas por terem visto minha foto nua. Uma inversão de quem foi vítima na situação", disse a professora ao site g1.

Constrangimento

A professora alega ainda que trabalhou até o quinto horário sem saber que suas fotos já haviam sido vazadas. Ela só soube do ocorrido por volta das 18h, quando uma coordenadora a chamou para conversar. De acordo com a educadora, apesar de ter alegado ser uma conversa apenas entre as duas, haviam seis pessoas na reunião. 

A professora contou que a gestão da escola soube do ocorrido após uma coordenadora ver diversos estudantes reunidos e, ao se aproximar, ver que eles estavam olhando uma foto de Bruna nua. O vazamento das fotos foi denunciado à Polícia Civil.

Depois do ocorrido, Bruna diz que passou a ser destrata por colegas e gestores. Segundo a professora, ela tinha um contrato de cinco anos com a escola, mas a demissão ocorreu em menos de oito meses após o início do contrato, em 2023.

Já a escola declarou que as decisões foram tomadas em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente, que preconiza a proteção integral das crianças e seus direitos. Afirmou ainda que o regimento escolar estipula que os professores não podem emprestar seus celulares de uso pessoal aos alunos.

Em defesa, Bruna Flor disse que o celular foi emprestado porque a escola não tinha aparelhos que fizessem filmagem e que o registro do evento era importante, pois fazia parte do Mês da Consciência Negra.

Após a demissão, a professora recebeu mensagens de carinho por parte dos alunos. "Professora, vim agradecer a você por tudo que a senhora fez por nós. Você vai estar para sempre em nossos corações, tia. A nossa madrinha de turma favorita", afirmou uma estudante em mensagem no WhatsApp.

"É difícil colocar em palavras o quanto aprendi e cresci ao longo deste tempo sob sua orientação. Sua dedicação e paixão pelo ensino deixou uma marca profunda em mim. Vou sentir falta das suas aulas, mas levarei conhecimentos valiosos para toda a vida", disse outro aluno.

As informações são do g1.

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