Quadrilha que faturou mais de R$ 3 bilhões com tráfico internacional é presa pela PF

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagram em conjunto, nesta quinta-feira (30), a operação chamada de Hinterland contra o tráfico internacional de drogas, realizado numa ligação entre a América do Sul e a Europa. Os crimes são feitos por uma organização criminosa composta por  duas grandes empresas de logística marítima sediadas nos portos de Rio Grande do Sul (RS) e Itajaí (SC), de acordo com as investigações.

Apoiada pela Europol (Agência da União Europeia para Cooperação Policial), da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e da Fiscalía, do Paraguai, a ação foi integrada por aproximadamente 200 policiais federais e 12 servidores da Receita Federal.

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Ao todo, cerca de 17 mandados de prisão preventiva e 37 de busca e apreensão são cumpridos nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Rondônia, no Brasil, além da cidade de Assunção, no Paraguai.

Em função das medidas executadas, a descapitalização da organização criminosa poderá alcançar o posto de R$ 3,85 bilhões, valor estimado das transações ilícitas identificadas no decorrer do período da investigação.

Saiba mais sobre a Hinterland

Iniciada em março de 2021, a Operação Hinterland teve como estopim informações recebidas pela Polícia Federal a respeito da apreensão de aproximadamente 316 quilos de cocaína, na cidade de Hamburgo, situada na Alemanha, em dezembro de 2020, a partir do Porto de Rio Grande.

De modo geral, a investigação sinalizou que a droga produzida na Bolívia era enviada ao Brasil através de um fornecedor paraguaio e ingressava no país por Ponta Porã (MS).  Em seguida, a cocaína era transportada em caminhões até o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.