Saiba como funcionava esquema de empresa de tabacaria que sonegou milhões na Bahia

Há um ano, a Polícia Civil da Bahia investiga uma empresa do ramo de tabacaria com sede em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, depois que documentos falsos foram apresentados  em uma fiscalização. As investigações se aprofundaram e foi descoberto que os seus sócios sonegavam impostos, contratavam funcionários fantasmas e decretavam falência para evitar que fossem pegos. Só na Bahia o prejuízo para a Receita Federal foi de R$ 100 milhões. 

A delegada Haline Peixinho, da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra Administração Pública (Dececap), afirma que foi identificado que a empresa era uma ramificação de uma esquema muito maior com atuação em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. 

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Na Bahia, uma operação foi feita nesta quinta-feira (17) para apreender materiais que podem ajudar a polícia baiana a entender melhor como atuava o grupo criminoso. Em Salvador, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em um espaço da empresa, que funcionava como escritório de divulgação, assim como em uma residência ligada a um dos investigados. Ambos os mandados foram cumpridos no bairro do Caminho das Árvores.

Investigadores também estiveram em Vitória da Conquista e Valença, onde estão a sede da empresa no estado e endereços de funcionários. Algumas pessoas, explica a delegada, eram utilizadas como “testa de ferro”, ou seja, se passavam por sócios do negócio para dificultar que os verdadeiros donos fossem descobertos. 

As investigações na Bahia ainda são iniciais e não é possível saber quantas vezes o grupo criminoso decretou falência no estado. O valor do prejuízo para Receita Federal também pode ser maior do que o apresentado pela Polícia Civil. Os documentos apreendidos na operação serão analisados nos próximos dias.