Novo elemento surge e pode complicar empresário suspeito de matar baiana em Buenos Aires

No apartamento de Francisco Sáenz Valiente, empresário argentino suspeito da morte da modelo baiana Emmily Rodrigues Santos Gomes, em Buenos Aires, Argentina, foi apreendida uma seringa contendo vestígios de quetamina — anestésico geral utilizado em cirurgias. De acordo com o jornal La Nacion, as investigações sobre o caso foram encaminhadas para a jurisdição federal na segunda-feira (3).

Um exame toxicológico prévio revelou que a brasileira havia consumido substâncias alucinógenas antes de cair do sexto andar. A família e amigos de Emmily não acreditam que ela fosse capaz de se drogar sozinha ou de cometer um suicídio. Eles descreveram a baiana como uma “garota tranquila”.

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Em uma entrevista concedida ao jornal O Globo, Ignacio Trimarco, advogado que representa a família da vítima, afirmou que a presença de quetamina indica uma agressão sexual. Ele argumenta que, quando a vítima resistiu e começou a pedir ajuda, a droga foi injetada para contê-la. Sáenz Valiente nega qualquer envolvimento na morte da brasileira e alega que sua queda foi um acidente.

Ele disse em depoimento às autoridades argentinas que Emmily teria sofrido um surto psicótico enquanto estava em seu apartamento, na companhia de outras mulheres, inclusive uma de nacionalidade brasileira, a médica Juliana Magalhães Mourão, que chegou a ser detida e, em seguida, liberada.

Emmily havia se mudado para o país em 2018 com o objetivo de estudar medicina e seguir uma carreira na área de dermatologia e estética. De acordo com sua família, a baiana deixou o curso de direito em Salvador para buscar seus sonhos em Buenos Aires, após iniciar um namoro com um argentino que conheceu em Morro de São Paulo, no baixo-sul do estado. Ela chegou a cursar três semestres de medicina.