Tio de mulher morta por PM afirma que acusado está perdoado: 'é um ser humano que está sujeito a falhas'

Um tio de Greice Quelly, a mulher que foi vítima de feminicídio por um PM em um salão de beleza, localizado dentro do Big Bompreço, em Salvador, afirmou nesta quinta-feira (22), em entrevista ao portal G1, que, para ele, o acusado está perdoado. 

"Não vamos julgar ele, porque é um ser humano e está sujeito a falhas. Ele está perdoado por mim e por minha família. Diante de Deus, eu espero que ele se arrependa", disse Ciro Rocha. Em entrevista à TV Record Itapoan, familiares de Greice confirmaram que o relacionamento entre ela e o investigado era extremamente conturbado,. e que, apesar das agressões, a vítima se afastou dos parentes. 

SALVADOR

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O crime aconteceu onde a mulher trabalhava, em um supermercado na Avenida ACM. O suspeito invadiu o local, foi em direção à vítima e efetuou oito disparos. Ainda de acordo com o portal, Greice já teria sido esfaqueada pelo suspeito. 

De acordo com Ciro, a sobrinha já havia relatado as agressões constantes que sofria do ex-companheiro. 

"Ela escondia da mãe, mas comigo ela conversava: 'olha, ele me agrediu'. Eu dizia: 'menina, larga [termina o relacionamento], é melhor, não deu certo'". 

O PM era ciumento e não aceitava o fim do relacionamento, de acordo com o parente. Porém, o suspeito não demonstrava isso para a família da vítima. "A gente tomou um susto, porque ninguém estava esperando isso", desabafou.

Apesar de ter perdido a sobrinha para o feminicídio, Ciro afirmou que não tem ódio do suspeito.

"Não quero nada de mal que venha acontecer a ele. O inimigo se aproveitou dele, ele deu lugar, então ele está perdoado. Não posso ficar com ódio de um cara desse, tenho que amar ele como Deus ama a todos", comentou.

O suspeito foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).