Polícia

Traficantes transformam casas interditadas em imenso ponto de drogas; saiba mais

Fernando Frazão/Agência Brasil
As casas foram interditadas após fortes chuvas destruírem a região em fevereiro de 2022  |   Bnews - Divulgação Fernando Frazão/Agência Brasil

Publicado em 10/12/2022, às 07h20   José Ivan Neto


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Casas que foram interditadas por conta das fortes chuvas em Petrópolis, Rio de Janeiro, estão sendo pontos estratégicos de traficantes de drogas, de acordo com a Polícia Militar. Agentes do 26° BPM prenderam dois homens com drogas, radiocomunicadores e dinheiro em um imóvel no Alto da Serra. 

A área, que foi o centro do temporal e completamente destruída, tem mais de 3.100 imóveis interditados em 26 bairros. A região segue completamente abandonada mesmo após 10 meses do ocorrido, que deixou 93 pessoas mortas por soterramento no dia 15 de fevereiro deste ano

Na última quarta-feira (7), PMs receberam a informação de que  “traficantes da localidade teriam invadido as casas que foram interditadas devido a barreiras que ocorreram no início do ano e estariam usando o local para efetuar a venda e guarda do material”. Conforme informações da instituição, houve a prisão de dois homens, e com eles, foram apreendidos 220 trouxinhas de maconha, 24 pedras de crack, 28 cápsulas de cocaína, 37 frascos de cheirinho de loló, dois rádios transmissores e R$930. A ocorrência foi registrada na 106ª DP. 

De acordo com denúncias, devido à movimentação do tráfico na região, os moradores dos imóveis que não estão interditados estariam abandonando as residências. Segundo o jornal Extra, moradores do local do Morro da Oficina, em Petrópolis, pedem às autoridades recorrentemente por ações para que a área seja recuperada após a tragédia. Os escombros das casas seguem intocados desde fevereiro.  

Nesta semana, a Justiça determinou o bloqueio de R$2 bilhões do governo do Rio para promover as obras de recuperação na área. Os recursos advém da concessão da Ceade. Atualmente, a cidade tem 130 pontos afetados pelas tragédias. 

O mapeamento foi feito pelo Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio (DRM) em 26 localidades. A decisão também alcança a prefeitura, que deverá demolir imóveis condenados e providenciar a realocação das famílias desses locais.

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