Polícia

Morre filho da Dama do Pó: reveja declarações marcantes de Kelly Cyclone sobre drogas, política, polícia e família; assista

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Figura controversa, Kelly Sales Silva, conhecida como Kelly Cyclone, acumulou inimigo e fãs durante sua vida  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Gilberto Jr. // BNews
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 09/12/2022, às 10h51 - Atualizado às 10h59


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Kelly Sales Silva, Kelly Cyclone, Patroa da Cyclone, Kelly Douçura, Patroa do Tráfico ou Dama do Pó. São muitos os nomes para identificar a mesma mulher. Uma jovem que viveu de forma controversa e morreu aos 22 anos em circunstâncias ainda não elucidadas.

Pelo estilo de vida que levava, sobretudo em decorrência de sua suposta ligação com o tráfico de drogas, muitos acham que o assassinato de Kelly foi um acerto de contas. Por outro lado, a família - que chegou a receber ameaças de morte - sustenta a tese de que a jovem teria sido vítima do que hoje se conhece como feminicídio. 

De uma forma ou de outra, o caso ganhou destaque nacional e mostrou que a despeito de sua relação conturbada com as autoridades, Kelly Cyclone tinha uma legião de fãs.

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Kelly deixou um filho, na época, com 7 anos. Cauan Salles Silva, atualmente com 18, morreu dentro da própria casa Vila de Abrantes, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), na madrugada desta sexta-feira (9). Segundo informações que chegaram ao BNews, o assassinato aconteceu após confronto com a polícia. A PM-BA foi procurada pela reportagem para dar detalhes do caso, mas não se manifestou até o momento.

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Histórico

Considerada por muitos a patroa do tráfico de drogas, Kelly Cyclone foi executada em Lauro de Freitas na noite de um domingo, 18/07/2011, quando voltava do Salvador Fest. Kelly teria pegado uma carona com um rapaz, ainda não identificado, para voltar para casa. Horas depois, se descobriu que ela teria sido baleada em Lauro. Foi levada às pressas para o hospital Menandro de Farias, mas não resistiu aos ferimentos. Além de tiros, Kelly também tinha uma facada na barriga e marca de espancamento no rosto. À época, funcionários do IML foram demitidos depois de divulgarem imagens da autópsia no corpo de Kelly.

Entrevista reveladora

No quintal de sua casa, localizada em um município da Região Metropolitana de Salvador, Kelly recebeu a equipe do BNews, que à época se chamava Bocão News. Meio acanhada no início, a entrevistada falou que tinha um comportamento normal, que se divertia nas festas, dançava e até bebia, mas negou usar drogas.

“As festas que eu vou são no Wet’n Wild e no Oba Oba". Questionada sobre a tal festa do pó, em que foi presa na Boca do Rio, em Salvador, Kelly foi enfática: “Festa do pó nunca mais. Apesar de que não foi a festa do pó, mas é o que todo mundo fala”.

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A garota vai além: “nunca andei com drogas na minha vida. Se tiver alguém do meu lado eu digo que se quiser sair comigo pode, mas não com flagrante de droga”. Kelly disse não ser perigosa e que até está acostumada a ser revistada pela polícia, ação que acontece rotineiramente. “No Muquiverão os policias sem farda me tiraram do camarote, me puxaram e me levaram dizendo que era averiguação. Teve um que me deu uma broca tão grande que eu voei longe. Nenéu, dono do Parangolé, até viu”, disse rindo.

Sobre o relacionamento com o traficante Sidney, com quem teve um filho, ela afirmou: “sinto muita falta dele, independente do que ele era. Ele brigou muito quando viu aquelas fotos no Orkut com as armas, mas fazer o quê? Não viveria isso de novo, mas tentaria mudar a vida dele”.

E foi com esse propósito de mudança que Kelly Cyclone concedeu entrevista ao Bocão News, acompanhada da mãe Cida, do padrasto e de uma amiga, e comentou sua popularidade entre os policias: “no carnaval, os policiais que gostam de mim falaram comigo, perguntaram se estava tudo bem. Da Barra até a Ondina ninguém procurava comigo e nem eu procurava briga com ninguém”.

Em outra entrevista ao Bocão News, dessa vez em vídeo, Kelly, que ficou conhecida depois de ter sido detida, em 2010, em uma festa regada a bebidas e drogas, na Boca do Rio, quando ganhou a alcunha de “Dama do Pó”, falou sobre sua relação com as drogas, sobre a polícia, a família e até mesmo sobre propostas que teria recebido para virar vereadora em Lauro de Freitas.

Relembre assistindo ao vídeo abaixo:

Classificação Indicativa: Livre

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