Polícia

Vereador acusado de estupro de estagiária segue afastado do cargo

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Em liminar, a juíza Lizandra dos Passos argumenta que “o afastamento do vereador se deu por falta de decoro parlamentar"  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 29/12/2022, às 08h15   Camila Vieira


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O pedido do vereador de Viamão Fabrício Ollermann (MDB) para suspender o seu afastamento do cargo foi negado pela Justiça. Acusado de ter estuprado uma estagiária do seu gabinete no início do mês, ele foi afastado no último dia 20, após a formação de uma Comissão Parlamentar  de Inquérito (CPI).

Em liminar, a juíza Lizandra dos Passos argumenta que “o afastamento se deu por falta de decoro parlamentar e não tão somente pela denúncia da suposta vítima” e que não há motivos que justifiquem a suspensão da medida. O fato teria ocorrido no dia 1º de dezembro, na localidade de Itapuã, na zona rural de Viamão.  

Em votação, foi decidido pelo afastamento do vereador Ollerman até o fim das investigações. Dos 21 parlamentares, 17 votaram pelo afastamento, dois foram contrários e houve uma abstenção. O presidente da Câmara não vota. No processo, foi concluído que as acusações configuram quebra de decoro parlamentar, ou seja, não condizem com atitudes esperadas de um vereador.  

À polícia, a jovem de 22 anos disse que acompanhou Ollermann até uma plantação de arroz para fazer o registro do local em vídeos e fotos. Depois, o dono da propriedade teria oferecido uma cachaça artesanal para a equipe. Após consumir a bebida, a estagiária passou mal e disse não recordar dos momentos seguintes. Segundo a Polícia Civil, ela contou ter algumas lembranças do vereador nu, sobre ela, em um motel.   

A investigação segue em andamento e não há previsão para ser concluída. Segundo a delegada Fernanda Generali, que está à frente do caso temporariamente, ainda é aguardado o resultado das análises periciais. Foram solicitados os exames de verificação de conjunção carnal, coletas de sangue, exame toxicológico e a verificação se houve lesão corporal.   

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