Polícia
O caso que envolve o desaparecimento dos jovens Paulo Daniel Pereira e Matusalém Muniz ainda segue cercado de mistério. Principal apontado como responsável pelo sumiço, o empresário Marcelo Batista — que é dono do ferro-velho em que as vítimas trabalhavam — está sendo procurado pela polícia.
Em entrevista à equipe de reportagem do BNews, o advogado Júnior Magnavita, que representa Marcelo Batista, falou pela primeira vez sobre os próximos passos que serão tomados pela defesa do empresário.
"Não tive contato ainda com o Marcelo, estou tendo contato com os famíliares. Ainda não sei onde ele se encontra. Estamos aguardando a conclusão do inquérito policial, as informações que foram coletadas pelo delegado. Depois, vamos analisar tudo o que temos e tomar as medidas necessárias com base em uma estratégia de defesa. Ele está à disposição para prestar as informações necessárias, porém ainda não tenho notícia sobre qualquer intimação em relação a Marcelo Batista", disse o advogado.
Nesta segunda-feira (11), um mandado de prisão foi expedido pela Polícia Civil contra o empresário. Sobre a possibilidade de Marcelo se apresentar voluntariamente, a defesa afirmou ser a favor de "sempre contribuir da melhor forma para a elucidação dos fatos e da verdade".
Imagens de câmeras no dia do sumiço mostram Marcelo saindo do prédio, mas sem retornar. Depois, o empresário autoriza duas pessoas, identificadas como Hellen e Léo, que organizou uma mala e a outra pessoa buscou, respectivamente. Sobre a bagagem, Magnavita explicou que pertence ao próprio Léo.
"A sequência dos fatos, ainda não posso afirmar, porque não conversei com o Marcelo. Para onde ele foi depois que saiu da casa dele, não tenho como dizer. No que diz respeito ao Léo, que é alguém que conheço e que tive contato, ele comentou que foi buscar a mala dele que se encontrava com Marcelo, porque ele passou um tempo hospedado no apartamento. Ele ingressou na casa de Marcelo no dia 29, quando ele retornou de São Paulo. Ele tem todos os comprovantes da mala, consegue provar que já estava na casa de Marcelo dias antes do fato e que foi apenas buscar essa mala, porque ele já estava em outro local", completou o advogado.
Um pano com manchas de sangue também foi encontrado dentro do galpão do ferro-velho em que o empresário era dono. Além disso, informações obtidas pela polícia, indicam que Marcelo teria mandado queimar o próprio veículo, possivelmente usado para ocultar vestígios do crime, no interior do carro.
"Tive essa informação e vamos aguardar a perícia. Ainda não tive o resultado dessa perícia, estou aguardando. O carro de Marcelo foi queimado e ainda não sei exatamente esse contexto, não temos detalhes dessa situação", finalizou.
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