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VÍDEO: homens são torturados após suposto furto de picanha em supermercado

Divulgação/Polícia Civil
Os homens foram torturados por seguranças de um supermercado do  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Polícia Civil

Publicado em 05/12/2022, às 09h39   Cadastrado por Nilson Marinho


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A Polícia Civil investiga um caso de tortura contra dois homens dentro de um supermercado após um suposto furto de picanha. O caso aconteceu em Canoas, no interior do Rio Grande do Sul, e as agressões feitas pelos funcionários do estabelecimento foram registradas por uma câmera de segurança.

Após supostamente terem furtado dois pacotes de picanha, que custam R$ 100 cada, os homens foram levados até o depósito do supermercado, onde foram espancados por cerca de 45 minutos por cinco seguranças, além do gerente e subgerente do comércio.

Na imagem, é possível ver um dos suspeitos do furto tirando a picanha de dentro da blusa e, em seguida, recebendo uma rasteira, socos e pontapés. O segundo suspeito é levado para o mesmo lugar e os dois passam a ser agredidos juntos. Os funcionários utilizam uma madeira para desferir os golpes. 

A violência aconteceu no dia 12 de outubro, mas o caso só veio à tona depois que uma das vítimas deu entrada em um hospital com ferimentos graves no rosto e cabeça. O paciente precisou ser colocado em coma induzido. A polícia fez uma busca no supermercado e descobriu que as imagens foram deletadas. As câmeras, no entanto, foram levadas para uma perícia.

Em nota, o supermercado informou que "repudia veementemente qualquer ato de violência ou de violação dos Direitos Humanos" e que está "integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitadas".

O empreendimento demitiu os funcionários suspeitos de envolvimento nas agressões e encerrou o contrato com a empresa terceirizada que era responsável pela segurança. Os cinco seguranças e o gerente devem ser indiciados por tortura e ocultação das provas. Já o subgerente por tortura e omissão.

Salvador

Em outubro deste ano, dois homens foram denunciados pelo Ministério Público, depois de terem espancado dois funcionários de uma loja de variedades em Salvador. William de Jesus Conceição e Marcos Eduardo Serra Silva foram torturados e filmados pelos patrões após serem acusados por eles de furtarem mercadorias e dinheiro das vendas. O Tribunal de Justiça da Bahia negou o pedido de prisão preventiva dos empresários.

Em abril de 2021, também na capital baiana, Bruno Barros e Yan Barros, tio e sobrinho, foram encontrados mortos, com sinais de tortura, dentro do porta-malas de um carro, na comunidade da Polêmica, após terem sido entregues a traficantes por funcionários do supermercado Atakarejo. Os dois foram acusados de furtarem quatro pacotes de carne.

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