Política

Presidente do TCU diz que alertou Gabrielli, que teve "reação negativa"

Imagem Presidente do TCU diz que alertou Gabrielli, que teve "reação negativa&quot
Gabrielli foi hostilizado ao desembarcar de um voo internacional no aeroporto de Salvador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/11/2014, às 06h09   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Auditoria interna realizada na Petrobras reconheceu a responsabilidade nas irregularidades da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, do ex-presidente da estatal e atual secretário de Planejamento do governo da Bahia, José Sérgio Gabrielli, e dos ex-diretores Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.

O relatório foi apresentado aos integrantes do Conselho de Administração da estatal na última sexta-feira (14), após oito meses de apurações. Ao ser indagado pelo Bocão News sobre a ação nesta segunda, Gabrielli disse que não quer comentar. "Estou fora do Estado e nem vou comentar a matéria", limitou-se a dizer.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta segunda, o presidente do TCU, Augusto Nardes, afirmou que tentou alertar ao então presidente Gabrielli sobre os problemas na Petrobras. "Quando levei ao Gabrielli pela primeira vez, a reação foi muita negativa. A presidente Graça [Fortes], já foi mais acessível, dizendo que conhecia o problema. Fizemos visita a ela para falar de Pasadena. Senti uma preocupação por parte dela", revelou o dirigente.

Por conta das denúncias, Gabrielli já sofre as consequências. No final de outubro, ao desembarcar de um voo que saiu de Lisboa com destino a Salvador, o atual chefe da Seplan foi hostilizado por passageiros que estavam no mesmo voo. Conforme informações apuradas pela reportagem, Gabrielli estava acompanhada da mulher e viajava na classe Executiva da companhia TAP. No desembarque, passageiros da classe econômica iniciaram xingamentos e palvras como "ladrão" e "devolva nosso dinheiro". Irritado, Gabrielli tentou partir para cima dos manifestantes, mas alguns passageiros da turma do "deixa disso" o seguraram e o tiraram da aeronave. Em contato com a companhia aérea portuguesa, a assessoria informou que a política não permite informar nome de passageiros, nem horários e voos.


Publicada no dia 17 de novembro de 2014, ás 18h02

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