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CGU constata fraudes contra Fundeb em diversos municípios

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A Controladoria fiscalizou a aplicação de R$ 723 milhões em mais 60 municípios  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/04/2011, às 23h22   Redação Bocão News



AControladoria fiscalizou a aplicação de R$ 723 milhões em mais 60 municípios

A Controladoria Geral da União (CGU) identificou diversas irregularidades envolvendo recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb) em municípios fiscalizados na 33ª edição do Programa de Fiscalização por Sorteio. Entre os casos mais graves, está o da prefeitura de Cachoeira do Piriá, no Pará, que não comprovou a aplicação de R$ 7,8 milhões repassados pelo Fundeb ao município nos anos de 2009 e 2010.

Nessa edição, a CGU fiscalizou a aplicação de R$ 723 milhões em mais 60 municípios. Criado em 2003, o programa já chegou a 1.821 municípios (32,7% dos municípios brasileiros), fiscalizando recursos totais da ordem de R$ 16,2 bilhões.

Os relatórios referentes aos municípios fiscalizados no 33º sorteio já estão disponíveis no sítio eletrônico da CGU, após terem sido encaminhados, para as providências cabíveis, aos ministérios transferidores dos recursos, que são os responsáveis pelos programas respectivos.

Além disso, os relatórios foram encaminhados também, como ocorre sistematicamente, à Polícia Federal, aos Ministérios Públicos Federal e Estadual, ao Tribunal de Contas da União, à Advocacia-Geral da União, à Câmara Federal e ao Senado Federal,  às prefeituras municipais e às respectivas Câmaras deVereadores para as providências cabíveis em cada uma dessas instâncias.  

Cabe agora a cada ministério tomar as medidas corretivas e punitivas em sua área, bem como à Polícia Federal a instauração de inquéritos policiais sempre que houver indícios de crime ou de esquemas organizados envolvendo empresas e prefeituras diversas, como tem ocorrido frequentemente.

À AGU caberá o ajuizamento das ações judiciais para ressarcimento de eventuais prejuízos aos cofres públicos, e ao Ministério Público, a seu critério, as ações criminais e civis por improbidade, quando for o caso. “As punições aos culpados, por sua vez, dependem do Judiciário, ressalvadas aquelas de competência do TCU”, explicou o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage.

Segundo ele, a demora na conclusão dos processos judiciais é a principal causa do baixo índice de preocupação de prefeitos e servidores municipais desonestos, razão pela qual as fraudes se repetem a cada fiscalização da CGU. “Recentemente”, lembrou ele, “descobrimos até compra de uísque 12 anos com dinheiro da merenda escolar”.

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