A JBS, empresa que controla o frigorífico Friboi, não gostou da escolha da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura. A cúpula do grupo que foi o maior doador da campanha da presidente Dilma Rousseff na eleição desse ano procurou integrantes do governo para saber se a indicação está, de fato, confirmada.
De acordo com a Folha de S. Paulo, a troca na pasta contrariou especificamente Joesley Batista, um dos donos da empresa, por conta de atritos entre ele e a parlamentar peemedebista no passado.
Emissários da JBS procuraram o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) para questionar a indicação, e ouviram que a intenção de Dilma era aquela mesma: substituir Neri Geller (PMDB-MT) pela senadora tocantinense.
Um dos motivos pelo descontentamento seria a posição crítica da senadora diante do crescimento do grupo que se ampliou no mercado adquirindo pequenas e médias empresas que se encontravam em dificuldade.
No centro do ataque estaria um financiamento de R$ 7 bilhões do BNDES à Friboi/JBS que, segundo Kátia, poderia ter sido destinado a ajudar pequenas e médias empresas em dificuldade.