Política

Aécio diz que Congresso está de ‘cócoras’ para aprovar manobra fiscal

Publicado em 03/12/2014, às 16h07   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), fez um discurso inflamado na tarde desta quarta-feira (3) e afirmou que cada parlamentar da base aliada tem um "preço" para votar a favor da proposta que muda a meta fiscal de 2014.

O tucano, candidato à presidência da República derrotado nas eleições deste ano, disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) coloca o Congresso de "joelhos e de cócoras".

Aécio se referia ao fato de a líder nacional ter condicionado a liberação de verba para pagamento das emendas parlamentares à aprovação da proposta que permite ao governo descumprir a meta fiscal de 2014. A petista editou decreto liberando uma verba de R$ 444,7 milhões para as emendas, o que dá uma cota individual de R$ 748 mil para cada um dos 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores).

“Não foi a verdade, a sinceridade que venceu essas eleições. Hoje, a presidente da República coloca de cócoras esse Congresso, ao estabelecer que cada parlamentar tem um preço. Cada um vale R$ 748 mil! Isso é uma violência jamais vista nesta Casa! Estarei vigilante. É triste hoje!”, disse o peessedebista, aos gritos, enfático e tendo a voz abafada por aplausos e protestos dos governistas. O político ainda acrescentou: “Hoje, a presidente da República coloca de joelhos a sua base no Congresso”.

A base governista reagiu: “Está enganado, está enganado”.

Aécio subiu à Tribuna para fazer um discurso citando as declarações da presidente Dilma, durante a campanha eleitoral, sobre o desempenho da economia. O senador disse que a presidente mentiu ao dizer que a economia estava indo bem e que a meta fiscal deste ano seria cumprida.

“E, infelizmente, nas eleições não foi a verdade que prevaleceu, E, se estamos votando uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, é que não foi dada à população a oportunidade de conhecer a verdade do que ocorre no Brasil. O Congresso está hoje ferindo de morte um dos principais pilares da Lei de Responsabilidade Fiscal”, discursou Aécio.

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