Para Aladilce indicação de Souto é para prestigiá-lo; Neto rebate ”inveja”

Integrante da Comissão de Finanças Orçamento e Fiscalização da Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) afirmou ter recebido “com surpresa” o anuncio do nome do ex-governador Paulo Souto (DEM) à Secretaria Municipal da Fazenda, em substituição a Mauro Ricardo, que vai exercer função semelhante no Paraná, durante a gestão do governador Beto Richa (PSDB).

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“Eu tomei como uma surpresa muito grande. É realmente uma bomba e eu fico muito preocupada com essa indicação para a secretaria mais importante da cidade que requer uma especialidade. Pelo que me consta Paulo Souto é geólogo”, disse a comunista em entrevista ao Bocão News.

Segundo Aladilce, a indicação do demista para a Sefaz “parece mais que é para prestigiar um quadro político do que para qualificar a gestão da cidade”, disparou. A comunista disse ainda que vai “acompanhar e fiscalizar a execução da cidade”, durante o seu mandato.

O prefeito ACM Neto (DEM) rebateu a vereadora ao afirmar, em entrevista à rádio Itapoan FM, que Paulo Souto, como ex-governador da Bahia e ex-senador da República tem experiência para ajudar na administração municipal. “É um ato isolado. Talvez uma ponta de inveja já que o Partido dela não tem quadros à altura de ex-governador. A nomeação dele nada tem a ver com vinculação partidária. Com a experiência que ele tem não precisaria trabalhar, mas ele é um quadro qualificado e quer continuar ajudando a cidade”, explicou.

Neto citou ainda os nomes de José Serra (PSDB), que é economista e foi ministro de destaque no governo Fernando Henrique e Antônio Palocci (PT), que é médico e foi ministro da Fazenda na gestão de Lula e da Casa Civil, nos primeiros anos da administração de Dilma. 

O vereador Joceval Rodrigues (PPS), líder do governo na Câmara Municipal, endossou a declaração do prefeito ao afirmar que a colega teria sido "infeliz" ao criticar a indicação de Souto. "A Bahia inteira sabe que Paulo Souto é um excelente técnico e está gabaritado para assumir qualquer cargo do Brasil", defendeu. "Ela falou isso porque não tem o que criticar e quando a gente não tem o que criticar a gente acaba falando besteira".

Publicada no dia 3 de dezembro de 2014, ás 18h57