Política

Novos doleiros serão investigados na Lava-Jato

Publicado em 08/12/2014, às 10h50   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A Operação Lava-Jato, que apura desvios de recursos da Petrobras a partidos políticos, vai incluir a participação de novos doleiros e emissários na entrega de dinheiro a agentes públicos em Brasília e outros estados, de acordo com informações do O Globo.
A Polícia Federal identificou na contabilidade paralela do Posto da Torre, que pertence a Carlos Habib Chater, um dos doleiros presos na Lava-Jato, subcontas e documentos de transporte de valores em espécie. 
De acordo com a publicação, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, e o Ministério Público Federal querem detalhes da movimentação de sete destas subcontas. Apenas numa delas, a "K corrente", foram movimentados R$ 15,2 milhões entre 2008 e março deste ano.
Os documentos que servem para justificar transporte de dinheiro vivo somam R$ 1,8 milhão. As remessas foram destinadas a Rio de Janeiro, Manaus, Porto Alegre e Santa Catarina entre 2011 e 2014.
Ainda de acordo com o jornal, em depoimento à Justiça no último dia 1º, Chater afirmou que as remessas foram feitas unicamente para pagar dívidas que tinha com essas pessoas ou “por amizade”. Ele se negou a identificar para quem trabalhavam alguns emissários. Ou disse que não se lembrava. Em relação às subcontas, Chater disse ser o dono da “K corrente” e identificou apenas três, que atribuiu a alguns doleiros já investigados ou citados na Lava-Jato: "Fa", de Fayed Trabulsi, preso na Operação Miqueias e que tinha políticos em sua agenda; "Sasa", de Sleiman Nassim El Kobrossy, também conhecido como Salomão e acusado de atuar no mercado negro de câmbio para pagamento de cocaína na Bolívia; "Kld", de Khaled Youssef Nasr, cunhado de Chater, que administrava a casa de câmbio Valortur, localizada dentro do posto. Chater negou que a subconta "Primo" seja do doleiro Alberto Youssef, que era tratado como "primo" nas conversas gravadas pela PF durante a investigação.
Chater nega ser doleiro e que alguns dos descobertos em sua contabilidade paralela atuem como doleiros. À Justiça, afirma que o dinheiro que entrava no posto era ajuda recebida dos "amigos" ou de agiotas.

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