Política

Ao menos três novos ministros de Dilma respondem a processos, diz jornal

Publicado em 24/12/2014, às 15h12   Redação Bocão News (Twitter: @BocaoNews)



Ao menos três dos novos ministros anunciados nessa terça-feira (23) pela presidente Dilma Rousseff respondem a processos judiciais. Segundo informações do jornal O Globo, são eles Kátia Abreu, que assumirá a pasta da Agricultura, Eduardo Braga, Minas e Energia, e Helder Barbalho, Pesca. Todos são filiados ao PMDB.
A senadora Kátia Abreu (TO) responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por falsificação de selo público. Já o senador Eduardo Braga (AM) é suspeito de ter cometido crime eleitoral em um inquérito do STF. Helder Barbalho é investigado por improbidade administrativa na Justiça Federal do Pará.
Em meio a denúncias feitas na Operação Lava Jato que incriminariam políticos da base do governo Dilma, foi cogitada a possibilidade da presidente ter acesso aos nomes presentes na investigação. No entanto, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem ter conversado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que adiantou que não poderia dar qualquer informação sobre nomes citados em delações premiadas de pessoas investigadas pela Operação Lava Jato pois o processo corre em segredo de Justiça.
Perfil dos ministros investigados:
Natural de Belém (PA), o senador Eduardo Braga (PMDB) foi vereador de Manaus, deputado estadual, deputado federal e governador do Amazonas. Em 2010, foi eleito senador pelo Amazonas. Desde março de 2012, Braga é líder do governo da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Em outubro deste ano, disputou as eleições para o governo do estado, mas perdeu, no segundo turno, para José Melo .
Novo ministro da Pesca, Helder Barbalho é filho do senador Jader Barbalho (PMDB) e da deputada federal Elcione Therezinha Zahluth. Natural de Belém, Helder já foi prefeito de Ananindeua e tentou se eleger governador do Pará pela primeira vez este ano, mas perdeu para Simão Jatene.
Polêmico, o nome da senadora Kátia Abreu foi confirmado na noite de onte para a pasta da Agricultura. A política é apelidada de "rainha da motosserra" e "miss desmatamento" pelo movimento Greenpeace e tem um longo histórico de controvérsias com movimentos sociais.

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