Dois em cada três senadores têm algum parente na política. Dos 85 parlamentares que exerceram o mandato este ano, entre titulares e suplentes, 56 são filhos, netos, pais, irmãos, sobrinhos, tios, primos, cônjuges ou ex-cônjuges de políticos. Nessa extensa lista, aparecem 17 senadores que têm familiares exercendo mandato na Câmara. Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Congresso em Foco.
A bancada dos parentes engordou ainda mais nas últimas eleições. No início da legislatura passada, 40 senadores vinha de famílias com tradição política de acordo com pesquisa do Congresso em Foco em parceria com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). De lá pra cá, a bancada dos parentes cresceu 40%.
Dos 37 novos senadores eleitos em outubro, 25 têm laços de parentesco com outros políticos, condição desfrutada também por 11 dos 17 parlamentares reeleitos. Em 10 estados, os três senadores são familiares de políticos - Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe, São Paulo e Tocantins. Entre os partidos políticos, o PMDB é o que reúne mais parlamentares com ramificações políticas, 18 dos 22 que exercem mandato pela legenda.
Entre os exemplos deste tipo de relação está João Durval (PDT-BA), pai do ex-deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), que perdeu as últimas eleições, mas quer se candidatar à prefeitura de Feira de Santana, e do prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PP).
