'Afago' de Neto ao PTN não arrefece ânimos de vereadores

A nota enviada à imprensa afagando o PTN foi bem recebida pelo partido, mas não arrefeceu os ânimos dos aliados de primeira hora  do prefeito ACM Neto. Os cinco vereadores, além do presidente da legenda Mauricio Bacelar e o deputado federal eleito João Carlos Bacelar, vão se reunir nesta terça-feira (6) para avaliar o posicionamento ante a gestão municipal: se continua o apoio, fazem oposição ou forma uma bancada independente.

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“Vamos analisar o processo eleitoral para a presidência da câmara e ver as expectativas a partir daí”, assinalou o 1º secretário da Mesa diretora, Kiki Bispo. Segundo ele, a nota envida por Neto é o reconhecimento da importância do PTN na vitória do democratas em 2012. “O PTN teve 150 mil votos nominais, a maior votação de todos os partidos e esses votos foram casados com ele, que tinha como condições desfavoráveis a máquina do governo do estado e federal, que estavam com o PT”, afirmou.

A contrapartida, no entanto, o PTN diz não ter. “Por conta desse apoio e da importância que tivemos na vitória do prefeito, nós esperávamos que o acordo feito há dois anos fosse cumprido, porque ele foi o avalista”, dispara Kiki Bispo. O acordo citado pelo peteenista previa o mandato de dois anos de Paulo Câmara à presidência do Legislativo municipal e igual período subsequente ficaria com o PTN. Entretanto, Câmara foi eleito para mais um biênio.

Além de não ficar com a presidência da Câmara, o PTN também ficou sem secretaria. O partido comandou por anos a pastada Educação, que movimenta alguns milhões de reais. Nos bastidores se fala que a legenda poderá ficar com a Secretaria de Combate à Pobreza, mas foi despreza por Kiki. “Nada foi oferecido a gente. Mas para o que nós representamos, nós que fomos os aliados de primeira hora, o partido não merece uma secretaria nesse nível, nesse tamanho. O partido merece um espaço maior no governo”, finalizou.

Publicada no dia 5 de janeiro de 2015, ás 11h15