Política

Vereadores do PTN vivem dilema: deixar ou não a base de Neto

Publicado em 13/01/2015, às 06h26   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)



O PTN não está tão certo de que vai desembarcar no governo Rui Costa de mala e cuia. Os cinco vereadores do partido na Câmara Municipal de Salvador antes certos em deixar a  base do prefeito ACM Neto, não estão mais tão seguros. Durante reunião na manhã desta segunda-feira, eles externaram as dificuldades que terão em se reeleger sem o apoio da máquina administrativa.

O dilema do quinteto – Kiki Bispo, Tiago Correia, Toinho Carolino, Beca e Carlos Muniz – foi levado em consideração pelo articulador da ida do partido para a base do governo petista. O deputado federal eleito João Carlos Bacelar ponderou que vai conversar com Rui Costa após a oficialização da união, que acontece nesta segunda-feira, às 14h, na governadoria.

O ex-vereador e presidente municipal do PTN, Everaldo Bispo, demonstrou preocupação com a reeleição do filho, Kiki Bispo, que teve na eleição passada 7.617. “O vereador precisa da máquina administrativa para dar continuidade a obras, sobretudo os vereadores que são votados na periferia”, afirmou em conversa com o Bocão News.

Bispo, que era conselheiro da Desal, mas perdeu  sua ‘fonte de renda’ após a extinção da empresa, lamenta que a relação entre  PTN e o prefeito ACM Neto tenha se esgaçado. “Os vereadores não podem ir de encontro com a direção partidária porque podem ficar sem o apoio do partido. Se sair, podem sofrer processo por infidelidade e perder  o mandato, mas vereador vive do apoio da máquina da prefeitura. Não vejo como o governo ajudar”, lamentou.

NÃO CEDEU - O PTN quis que Neto cumprisse a promessa de apoiar o candidato do partido à presidência da Câmara. O demista não o fez. Para acalmar os ânimos dos peetenistas que ensaiavam uma rebelião, o prefeito ofertou a Secretaria de Combate à Pobreza e a Limpurb. O partido pediu  também a Secretaria de Ordem Pública. Neto 'retou' e disse que não cederia nada além do que foi ofertado por ele. O PTN, então, partiu em retirada. 

A ida do PTN para a oposição obriga o partido, necessariamente, a votar contra os projetos do prefeito ACM Neto. Interlocutores do governo e o próprio governador Rui Costa já disseram que não aceitam aliado acendendo vela para santo e outra para o diabo.

Publicada no dia 12 de janeiro de 2015, às 13h44

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