Política
Publicado em 14/01/2015, às 10h31 David Mendes (@__davidmendes)
Governo petista tomou PTN, tentou o PSC e o PRB e tenta o PV, partidos aliados ao prefeito ACM Neto
Em doze dias de governo, o novo chefe do Executivo Estadual Rui Costa (PT) já coleciona vitórias no campo político. No banco de apostas, as investidas do líder baiano visam as eleições de Salvador em 2016. O PT sonha em um dia governar a capital baiana e, para isso, o alvo é o prefeito ACM Neto (DEM), principal liderança oposicionista no estado, que terá a oportunidade de tentar a reeleição e, inclusive, se tornar, inevitavelmente, candidato ao governo contra os petistas em 2018.
Nesta segunda-feira (12), Rui abocanhou para a sua base o PTN, partido comandado pelo deputado João Carlos Bacelar, ferrenho crítico do governo Jaques Wagner (PT) e aliado de primeira hora de ACM Neto. Além do PTN, o PV, outro partido aliado ao gestor soteropolitano, também está na mira dos petistas. PSC e PRB já descartaram, mas foram sondados para abandonar o democrata. Já o PDT terá que decidir, porque o governador já mandou recado que não aceitará que o partido participe da gestão soteropolitana e ao mesmo tempo da sua.
Nesta terça (13), durante cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras da Estação da Lapa, o prefeito afirmou que não está “nem um pouco preocupado” com as investidas dos petistas para enfraquecer a sua base de sustentação na capital baiana.
“Eu não estou em campanha. Estou governando Salvador, e espero que a postura do governo do Estado seja a mesma, até porque Rui Costa acabou de assumir e tem quatro anos pela frente. Ele tem que pensar em administrar a Bahia”, opinou, em entrevista ao Bocão News.
ACM Neto voltou a afirmar que 2016 só será discutido em 2016 e cobrou uma postura mais republicana do governador baiano.
“Claro que não posso medir os outros com a minha régua, mas, no entanto, fica a confiança, esperança e expectativa de que o governo se resolva, faça um bom trabalho. Faço os melhores votos de êxito ao desempenho do governador. Não quero alimentar nenhum tipo de disputa porque não é a hora. A hora é de trabalhar. E se essa for a postura e ação do governo do Estado, terá toda a harmonia e ressonância”, afirmou.
Sobre as críticas de Rui Costa à sua postura após rompimento com o PTN, ACM Neto afirmou que espera que a “barganha e as trocas de cargos” não tenham sido a real motivação da adesão do PTN ao governo estadual.
“Eu prefiro aguardar para ver o que motivou a ida do PTN para apoiar Rui Costa. Talvez o governador tenha cedido o que eu não aceitei ceder. Eu prefiro ficar com a minha consciência, com meus princípios e minha forma de fazer política, que tem mais conexão com a sociedade”.
Já sobre um possível enfraquecimento no Legislativo municipal, já que a situação pode perder a maioria qualificada na Casa, o prefeito afirmou que também não está preocupado e mandou recado aos edis soteropolitanos.
“Entendo que os vereadores são conscientes de que o sucesso da cidade é o sucesso deles também. Enquanto a gente trabalhar por Salvador e tiver o respaldo popular e o reconhecimento do cidadão, a política acompanha, porque ela não vai se voltar contra o interesse da cidade. Quem ficar contra os projetos importantes para Salvador fica contra a cidade, e o cidadão chega na urna depois e julga”, alertou.
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Nota originalmente postada dia 13
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