A força-tarefa montada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) fechou as portas para um acordo coletivo pretendido pelas empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato por formação de cartel para assumir o controle de contratos bilionários na Petrobras.
Segundo o MPF, uma empresa pode propor um paco, mas não em grupo. Em entrevista ao Estadão, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, afirmou que eventuais acordos só poderão ser assinados com empresas que atenderem condições que permitam abertura de novas frentes de investigação.
"Se houver acordo com uma empreiteira que confesse a sua participação nos fatos já em andamento, que permita a reparação e, principalmente, que possamos buscar muitas outras responsabilizações criminais e cíveis de outras pessoas, naturais ou jurídicas, o próximo acordo, com outra empresa, exigirá os mesmos requisitos, acrescido de outros crimes que não os informados pela primeira empresa leniente", explicou o procurador.
