Política

‘Atrocidade’: opositores também detonam extinção das diretorias de Saúde

Publicado em 20/01/2015, às 19h44   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Não somente o ex-secretário da Saúde, Jorge Solla, desaprovou a extinção das 22 diretorias regionais da Saúde, comandadas pelo atual secretário da pasta, Fábio Villas Boas. O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia no próximo ano legislativo, Sandro Régis (DEM), também detonou a ação do governo do estado. Ao Bocão News, o demista considerou uma ‘atrocidade’ a decisão.

“Essa foi uma decisão precipitada. Não houve discussão com os municípios, o que pode acarretar ainda mais o caos na saúde pública”, criticou. Segundo o líder, a extinção das diretorias vai de contra a descentralização do setor, prejudicando as administrações municipais. “As ações que eram coordenadas pelo estado serão por conta dos municípios. A distribuição de medicamentos, de vacinas, como ficará? Aumenta-se o custo de logística  e é a população que sairá prejudicada", pontuou.

De acordo com o demista, antes de aprovar a reforma administrativa, a qual apontava as mudanças, os deputados oposicionistas indicaram ao líder do governo, José Neto (PT), a necessidade de maior discussão sobre o tema, porém, com maioria, os governistas aprovaram a matéria como estava. “Eles [governistas] querem utilizar a Assembleia como carimbo apenas”, condenou.

A recomendação é de que o debate volte à Alba. “O Rui [Costa] está querendo resolver um problema que eles próprios criaram. Uma atrocidade”, desaprovou.

Quem também mostrou indignação com a decisão foi o deputado federal Arthur Maia (SDD). Maia classificou a ação como “retrocesso” e um “atentado à saúde”. O parlamentar ainda comparou a extinção das diretorias regionais de Educação (Direcs) no município de Guanambi, seu reduto eleitoral. “Quero fazer coro com a voz de tantos guanambienses inconformados com essa perversidade e com o golpe traiçoeiro do Governo que aí se encontra. A gente sabe que a situação da saúde pública do município já está muito aquém do que seria o considerado razoável para uma cidade dessa proporção. Os índices de uma forma geral mostram claramente essa realidade”, disse.

Ainda para Maia, o governo estadual vem praticando ações retrógradas e distintas das anunciadas durante a campanha eleitoral. “É um estelionato político, especialmente em se tratando de um Governo que adotou um discurso totalmente oposto na campanha eleitoral, falando em progresso e desenvolvimento para a região. Como filho da região, tenho esperança que essa decisão possa ser repensada. Faço um apelo ao Governador para manter esses dois importantes órgãos públicos estaduais, não só em Guanambi, mas em toda a Bahia”, concluiu.

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