Política

PTN quer que MP investigue demissões na Secretaria de Educação

Publicado em 23/01/2015, às 05h58   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)



Depois de uma série de demissões na Secretaria da Educação de Salvador, o PTN vai solicitar ao Ministério Público da Bahia que investigue a motivação das exonerações. De acordo com o vereador Toinho Carolino, o número de demissões pode chegar a 700 cargos comissionados. O peteenista apontou para uma perseguição aos servidores. “O prefeito [ACM Neto] disse que ia cortar na carne do PTN, mas está cortando na carne de pais de família”, disse o edil ao Bocão News.

O líder da legenda na Câmara de Salvador garante que até a próxima semana o pedido de investigação será entregue ao órgão. “Vou me reunir com os advogados e pedir ao MP que investigue esse problema social. O prefeito está demitindo pais de família que me procuram no gabinete para eu tentar resolver essa situação. Os trabalhadores não têm nada a ver com a política”, ressaltou.

Segundo Carolino, a maioria de demitidos são porteiros com atividade de segurança, serviços gerais, administrativo e auxiliar de desenvolvimento infantil. Até mesmo as diretorias de escolas estariam reclamando da falta dos profissionais e insatisfeitas com as mudanças.

Outra irregularidade apontada é o desvio de função. De acordo com o líder que porteiros também exercem função de segurança, sem remuneração correspondente. "A malvadeza e o autoritarismo, que tinham desaparecido na Bahia, estão de volta, só que em uma versão mais raivosa", disparou. 

A secretaria ainda estaria demitindo os funcionários retroativo à 1º de janeiro, porém, de acordo com o edil, os funcionários trabalharam 13 dias este ano. "Quem vai pagar esses dias? É um absurdo", lamentou.

A reportagem tentou contato com o secretário da Educação, Guilherme Bellintani, mas não obteve sucesso.

Vale lembrar que durante a gestão do peteenista, João Carlos Bacelar, a Secretaria de Educação esteve na mira de investigações pela polêmica implantação do programa Alfa e Beto, rejeitado por professores e pela oposição, bem como em denúncias de incorreções na aquisição de livros, materiais e tecnologia, terceirização de serviços com a Fundação Pierre Bourdieu e acusado de uso da máquina para favorecimento eleitoral.

Publicada no dia 22 de janeiro de 2015, às 16h41

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