Política

Gabrielli acusa ex-ministro do TCU de ter feito ‘voto político’

Imagem Gabrielli acusa ex-ministro do TCU de ter feito ‘voto político’
José Jorge divulgou um relatório onde aponta Gabrielli como um dos responsáveis pelos prejuízos em Pasadena  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/02/2015, às 07h12   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O ex-diretor da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fez duras críticas ao ex-ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito de suas afirmações sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas nos EUA.
Gabrielli afirmou que José Jorge fez um “voto político” quando defendeu que a compra de Pasadena, causou um prejuízo de US$ 792 milhões aos cofres da petrolífera.
No artigo publicado nesta sexta-feira (30) na Folha de São Paulo, Gabrielli  ratificou que o “ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso fez uma leitura enviesada” dos dados sobre a compra da refinaria e “malabarismos” para justificar as perdas citadas no relatório do Tribunal.
Segundo Gabrielli, José Jorge ignorou os estudos feitos pela Petrobras e calculou os prejuízos utilizando uma metodologia diferente da utilizada no mercado, “Por isso, a compra da refinaria de Pasadena, vista sob vários aspectos, não resultou em prejuízo à Petrobras, sendo correta a decisão tomada pelo Conselho de Administração da empresa em 2006 ao validar a transação. Essa é a explicação que faço em minha defesa no TCU”.
Gabrielli afirma que a negociação seguiu as “regras de governança” da empresa e teve base em pareceres de consultorias especializadas, “Na lógica cartesiana, somente a motivação política explicaria a supressão da verdade – incontestável diante dos números – e a insistência, por parte do ministro, em uma leitura enviesada de um prejuízo que nunca existiu”, sustentou.
No ano passado, José Jorge divulgou um relatório onde aponta Gabrielli como um dos responsáveis pelos prejuízos causados pela negociação de Pasadena, em 2006. Com base nesse relatório, foi determinado o bloqueio de bens de Gabrielli e mais dez pessoas, até que o tribunal julgue o caso.
O presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, solicitou ao novo relator do caso, Vital do Rêgo, reavalie a determinação de bloqueio de bens e o valor do prejuízo, com a argumentação que a Petrobras entregou um relatório de sua auditoria com novos elementos.
Publicada no dia 31 de janeiro de 2015, às 09h33

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