Política

Rui diz que suas atitudes “não serão guiadas por aplausos”

Publicado em 11/02/2015, às 19h13   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Ainda é grande a repercussão pela morte de 12 homens em uma ação policial no bairro do Cabula, na última sexta-feira (6). Após críticas de organizações pelos Direitos Humanos, o governador Rui Costa (PT) se posicionou novamente favorável à ação e disse que suas “atitudes não serão guiadas por aplausos de um lado ou outro”. A afirmação foi publicada em sua página no Facebook, na tarde desta sexta-feira (11).

“As minhas atitudes não serão guiadas por aplausos de um lado ou outro. Serão sempre guiadas pelo absoluto respeito à lei, aos meus princípios e valores e à minha obstinação por salvar vidas”, escreveu. Manifestações de organizações do movimento negro questionaram a quantidade de jovens negros mortos. Sobre isso, o governador publicou que quer aprofundar a discussão. “Lembro a todos que quero ampliar o debate sobre a morte de jovens e negros. Só no mês de janeiro o crime organizado executou 178 jovens. Consumiu e não pagou morre, não obedeceu a ordem do marginal chefe morre, é suspeito de fazer denúncia de traficante à polícia morre. queremos o pleno exercício e o direito à vida”.

Rui Costa ainda prometeu levar à julgamento todos que cometeram crimes. “Vamos trabalhar para levar aos tribunais e julgamento da justiça todos, sem exceção, que cometerem crime. A exemplo do que a PC fez hoje na cidade de Ilhéus, quando prendeu um policial militar que estava cometendo um crime, uma atividade criminosa. Já estou abrindo o diálogo com todos de todos os segmentos para que possam contribuir com ideias, sugestões de como salvar vidas de centenas de jovens ao longo deste ano, em Salvador”, publicou.

Investigação

O Ministério Público Federal na Bahia instaurou, nesta terça-feira (10), inquérito civil a fim de apurar possível violação de direitos humanos em atos praticados por policiais militares da Rondesp a um grupo de pessoas na Estrada de Barreiras, no bairro do Cabula, na última sexta-feira (6). A ação policial resultou na morte de 12 pessoas, deixando feridas outras três.

Responsável pela instauração do inquérito, o procurador da República, Edson Abdon, afirma “que a apuração minuciosa das circunstâncias de mortes ocorridas em suposta situação de confronto com a polícia é pressuposto básico não apenas para legitimar a própria atuação policial na defesa da segurança pública, mas também para que excessos sejam rigorosamente punidos e não mais ocorram”.

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