Política

Deputado pede apuração do MPF às denúncias do dono da UTC

Publicado em 23/02/2015, às 06h32   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)



O deputado federal e presidente do Democratas na Bahia, José Carlos Aleluia (DEM-BA), irá cobrar do Ministério Público Federal (MPF) a apuração das denúncias que envolvem o governador Rui Costa (PT), o ministro da Defesa e ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT), o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli (PT), a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suposta participação no escândalo conhecido como petrolão.

“O Ministério Público sabe que tem que denunciar todas essas pessoas”, defendeu o parlamentar,  em entrevista à revista Veja.

Para Aleluia “não dá pra ficar com o sentimento de que quem vai para a cadeia são os achacados e nunca os achacadores”.  “O ex-presidente Lula estabeleceu no governo dele um esquema de que só trabalhava [na Petrobras] quem pagava. Para ser empreiteiro no Brasil tinha que pagar propina para Lula”, acusou.

Segundo o deputado baiano, o MPF deveria pedir a prisão preventiva de autoridades que, segundo ele, estão interferindo nas investigações sobre a Operação Lava Jato. “Quem com porcos se mistura farelo come. E Lula criou um chiqueiro na Petrobras. Por isso, não tem cabimento estarem soltos o ex-diretor Renato Duque, o tesoureiro João Vaccari Neto e o próprio Lula. Eles estão atrapalhando a investigação”.

Por conta das denúncias, a oposição já se movimenta em Brasília para convocar o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, a prestar depoimento na CPI da Petrobras. A ideia é que ele esclareça como a empreiteira teria utilizado dinheiro de propina em contratos com a Petrobras para abastecer o caixa do PT, irrigar campanhas políticas na Bahia e ainda pagar despesas pessoais do ex-ministro José Dirceu.

Reportagem de VEJA desta semana informa que o engenheiro baiano, preso na Operação Lava Jato, fez chegar um resumo à revista do que ele pode revelar às autoridades caso feche um acordo de delação premiada. Entre as informações do empreiteiro está a confirmação de que o PT recebeu R$ 40 milhões por meio de doações eleitorais, que as campanhas de 2006 e 2010 de Jaques Wagner, e 2014 de Rui Costa teriam sido financiadas com recursos do esquema.

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Publicada no dia 22 de fevereiro de 2015, às 12h12

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