Política

Lava Jato: Executivos da Camargo Correa fecham acordo de delação premiada

Publicado em 28/02/2015, às 07h15   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Dois altos executivos da empreiteira Camargo Corrêa fecharam acordo de delação premiada, na noite desta sexta-feira, 27, após 103 dias presos na custódia da Polícia Federal no Paraná, base da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Além de revelarem novos nomes de funcionários da estatal envolvidos no esquema, as novas colaborações têm o objetivo de ampliar a investigação para outras estatais e para obras do setor elétrico.

De acordo com publicação do Estadão, em troca de uma eventual redução de pena e da liberdade quase imediata, o diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações S.A., Dalton dos Santos Avancini, e o vice, Eduardo Hermelino Leite, o Leitoso, resolveram contar o que sabem. Cada um concordou em pagar multa de R$ 5 milhões.

Avancini e Leite são os primeiros executivos de uma grande empreiteira envolvida no escândalo que se dispõem a revelar os segredos da corrupção na Petrobrás. Após horas de reunião com investigadores da Lava Jato, eles se comprometeram a apresentar documentos e apontar nomes de outros dirigentes da Petrobrás envolvidos no esquema.

Até agora, estão no escopo da investigação da Lava Jato as Diretorias de Serviços, Internacional e Abastecimento, que foram ocupadas por Renato Duque, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, respectivamente – indicados politicamente pelo PT, PMDB e PP.

Uma das obras que podem entrar no rol de projetos que foram alvo do cartel de empreiteiras é a construção da Usina de Belo Monte. A extensão das investigações para outros setores era uma das principais metas da força-tarefa com as novas delações.

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