Política

Antônio Brito relança frente parlamentar pelas Santas Casas

Publicado em 25/03/2015, às 10h21   De Brasília, Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O deputado federal Antônio Brito (PTB/BA) liderou o relançamento da Frente Parlamentar Mista das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas. O evento ocorreu na tarde desta terça-feira (24) e reuniu 59 parlamentares de diversos partidos e estados. Entretanto, 238 parlamentares e mais de 10 senadores já assinaram a participação no grupo.
Segundo Brito, o caráter multipartidário do evento é importante para que as atividades legislativas sejam pautadas e consequentemente aprovadas em prol das entidades médicas. Ele afirma que a importância das santas casas vai além do simples atendimento, uma vez que estas unidades médicas são centenárias e patrocinam diariamente a salvação de milhares de vidas.
Brito citou o exemplo da deputada estadual paulista Célia Leão, que teve a vida salva certa vez em um atendimento em uma Santa Casa em seu estado. “A deputada me relatou que ela já era devota da frente pela sua importância, mas depois que recebeu o atendimento que veio a salvá-la, passou a se importar muito mais com o futuro destas entidades que são fundamentais para a saúde brasileira”, argumentou.
O evento teve também o anúncio de uma nova linha de crédito para reestruturação dos hospitais. O financiamento será feito pela Caixa Econômica Federal e pelo BNDES, que enviaram representantes para explicar o plano na reunião da frente. O plano estará disponível ás santas casas e filantrópicas a partir do próximo dia 6 de abril.
Reclamações – Muitos deputados que participaram da sessão concentraram suas reclamações na tabela de repasses do SUS ás entidades. Houve parlamentares que relataram que alas inteiras de santas casas estão fechando as portas por falta de pagamento ou por refundos insuficientes para manter ações mínimas.
O deputado Jorge Solla (PT/BA), ex-secretário de Saúde da gestão Wagner, disse que a questão do financiamento do SUS de uma maneira geral é o grande problema da saúde pública atualmente. Por conta disto, instou os colegas a esquecerem disputas políticas nas reuniões da frente e se concentrarem no plano maior, para melhorar o atendimento e estrutura.
“Se nós somarmos todos os recursos que o governo, estados e municípios alocam, é US$ 1 por habitante/dia. Eu já desafiei e vou aqui novamente desafiar alguém que mostre uma política pública mais eficiente no Brasil do que o SUS. Porque eficiência é fazer muito com pouco, e não existe no Brasil uma política que faça tanto com US$ 1 por habitante/dia. Nós temos desde os maiores programas da atenção básica, o maior programa de vacinação, até o maior programa público de transplante de órgãos do mundo”, defendeu.

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