Política

Prefeitura de Correntina se defende e acusa sindicato de ‘intransigência’

Publicado em 26/03/2015, às 09h12   Juliana Nobre (Twitter:@julianafrnobre)



A prefeitura de Correntina, no Extremo Oeste baiano, se defendeu sobre as acusações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Correntina (Sinditec) em relação à falta de pagamentos e melhorias na infraestrutura das unidades escolares. Cerca de 10 mil alunos estão há três semanas sem aulas por conta da greve dos profissionais da Educação.

Em relação às reivindicações da categoria, a prefeitura encaminhou nota de esclarecimento afirmando que a paralisação é ilegal, pois não houve nenhuma rodada de negociações antes da greve. Segundo o secretário de Comunicação Social, Luciano Neves, houve diversas tentativas de acordo que não foram aceitas pelo sindicato.

Neves explica que ao assumir, no fim do ano passado, o prefeito Ezequiel Barbosa iniciou a gestão com dificuldades financeiras e as contas para pagamento dos servidores necessitam de complemento de verbas municipais, o que só é fechada no dia 10 de cada mês. A categoria reivindica o pagamento até o quinto dia útil. O déficit mensal ultrapassa R$ 1 milhão e somente o repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) não é suficiente.

Sobre a incapacidade de negociação, Neves aponta intransigência do sindicato. “O prefeito assumiu o município com muitas dívidas e todo o mês é preciso aguardar até o dia 10 para efetuar o pagamento dos professores, mas em nenhum momento o sindicato sentou conosco para conversar e explicarmos a situação. Essa é uma atitude intransigente e ilegal”, contesta o secretário.

Em relação à situação precária da estrutura das unidades escolares, a prefeitura explica que não era possível reformar algumas unidades devido a um processo movido na Justiça contra a administração do ex-gestor Nilson José Rodrigues (PCdoB), por improbidade administrativa., segundo Neves, a empresa Almeida Souza Serviços Ltda ME recebeu a quantia de R$ 1.426.374,56 para construção e reformas de escolas, no entanto não cumpriram integralmente o contrato. Cerca de R$ 700 mil foram pagos sem que a empresa executasse a obra, bem como a construção de novas unidades.

Atestou que 16 escolas já foram reformadas e as 30 unidades serão em breve.

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Publicada no dia 25 de março de 2015, às  18h48

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