Vereadores de oposição minimizaram qualquer tipo de informação de que eles estão em pé de guerra com o governo estadual e, principalmente, com secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes (PT). O vereador Gilmar Santiago (PT), porém, ao comentar o assunto, alegou que é necessário haver uma posição mais estratégica de uma “articulação afinada” entre o Palácio de Ondina e os representantes oposicionistas da Câmara.
Santiago lembrou que essa dificuldade não vem da atual gestão, mas desde o mandato do ex-governador Jaques Wagner (PT). “Tem tempo que reivindicamos isso. Não existe nenhum mal estar, só defendemos um diálogo mais constante. Que consigamos nos reunir com o governador para tratarmos assuntos ligados a capital que possui uma posição importante no jogo político”, disse.
O petista lembrou que o maior inimigo político de Rui está como prefeito da cidade. “Eu acredito que o governador é sensível a isso, pois ele foi nosso colega de Câmara. É compreensível que a prioridade é a Assembleia Legislativa, mas ele tem que lembrar que quem quer sentar na cadeira dele como governador está aqui do lado, na prefeitura municipal”, apontou.
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), mesmo não sendo do PT, mas de uma agremiação aliada, corroborou da justificativa apresentada por Santiago. “Sentimos uma falta de articulação política. Queremos e temos esse anseio de construir um projeto de esquerda para Salvador em conjunto com o estado. Não queremos fisiologismo, queremos um diálogo em sintonia”, defendeu. A comunista reiterou o anseio como uma vontade de toda bancada oposicionista.
Publicada no dia 30 de março de 2015, às 17h27
