Política

Se ele abraçou o Collor, se daria bem com o Eduardo Cunha, diz filha de Lula

Publicado em 02/04/2015, às 09h34   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A filha do ex-presidente Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva ganhou projeção nacional em 1989, quando o até então rival de seu pai, Fernando Collor, exibiu depoimento de sua mãe acusando o 'companheiro' de incitá-la ao aborto. Superado o acontecido em sua adolescência, a petista defende o pai, a legenda e diz que os adversários “baixam a guarda” para Lula.

Sondada para suceder o prefeito Washigton Quaquá (PT), em Maricá (RJ), justamente em um dos períodos mais críticos do PT, Lurian relata como Lula está encarando a fase enfrentada pelo governo. "Ninguém gosta de nada negativo. Sinto que ele fica dolorido por esse ódio. Isso mexe com ele e todos nós. É aquela coisa do pai que deu tudo, e é visto como maldito. E foi nos governos do PT que mais se investigou corrupção. E são escândalos que começaram antes", defende.  

Questionada sobre como seria a relação de Lula com o atual presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a herdeira do ilustre petista não pestanejou. "Se ele abraçou o Collor, com certeza se daria muito bem com o Eduardo Cunha. Eles podem falar o que quiserem do meu pai, mas na hora do olho no olho, eles baixam a guarda. Podem não concordar, mas sentam para o diálogo...", opina Lurian.

Mesmo considerando o pai um “formador de políticos”, Lurian não descarta sua volta em 2018. "Se não tiver um nome construído, ele vai. Aguenta o tranco: a voz mudou, o cabelo e a barba caíram, mas a essência não mudou. Como militante, acho ótimo. O povo merece a conclusão deste ciclo de crescimento", disse ao Jornal O Dia.

Acusada de ter enriquecido com dinheiro público por conta da abertura da ONG Rede 13, em Santa Catarina, Lurian se defende. "A Rede 13 foi criada para disseminar o programa ‘Fome Zero’ em Santa Catarina. Trabalhei como voluntária, nunca teve dinheiro. Queria muito saber onde está a conta e a senha desse dinheiro que dizem que tenho. O ônus da prova não cabe mais a quem acusa, e ninguém prova nada. Paguei a vida toda por ser filha de alguém", desabafa.

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