A Caixa Econômica Federal divulgou nota à imprensa informando que vai investigar internamente as denúncias divulgadas pela Polícia Federal de repasses ilícitos de agência de publicidade contratada pela instituição para o ex-deputado petista André Vargas, preso pela Operação.
O banco garantiu que vai colaborar "integralmente" com as investigações.
Investigações da Polícia Federal identificaram “padrão semelhante” com o esquema do mensalão envolvendo agências ligadas a Vargas. As empreas subcontratavam produtoras do ex-deputado petista e o bônus de 10%, que deveria ser direcionado pelas produtoras para as agências de publicidade acaba sendo pulverizado em propina para políticos, segundo informação do Diário do Poder. O mesmo procedimento foi usado na época do mensalão, quando os valores eram repassados aos parlamentares da base de apoio de Lula.
A operação Lava Jato identificou que a agência de publicidade Borghierh Lowe Propaganda e Marketing Ltda., que administra contas publicitárias de órgãos públicos como Caixa Econômica Federal e Ministério da Saúde, teria contratado serviços das empresas E-noise, Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu Filmes.
Essa agência teria solicitado pagamentos de comissões de bônus de volume nas contas das empresas Limiar e LSI, controladas por André Vargas e seus irmãos.
Em nota, a Caixa destacou que vai encaminhar “todos os contratos relacionados às empresas citadas à Controladoria Geral da União (CGU), Polícia Federal e Ministério Público Federal”.
Já o Ministério da Saúde garantiu que, a partir das informações reveladas pela PF, abriu apuração interna para analisar as denúncias de irregularidades e avaliar as medidas cabíveis.
Publicada no dia 11 de abril de 2015, às 8h
