Escalado para falar oficialmente pelo grupo petista sobre a prisão do tesoureiro João Vaccari Neto, o ministro da Defesa, Jaques Wagner disse que esse fato não iria pressionar ainda mais o governo da presidente Dilma Rousseff. “A presidente Dilma está muito longe disso, até pela sua história e da sua vida política. Essa estratégia de tentar colocar pecha de envolvimento dela não cola”, disse ao jornal Valor Econômico.
Segundo a publicação, o ex-governador da Bahia foi buscar a solução para o caso novamente na reforma política. “A máquina de fazer política está viciada. Precisamos preparar um ambiente mais sadio para o exercício da política em nosso país”, afirmou ao jornal.
“Eu não vejo motivo [do afastamento de Vaccari], a não ser se ele for impedido de exercer o cargo dele, até que tenha uma conclusão definitiva do caso. Não sou muito do estilo de que, na suspeita, a gente vá logo afastando as pessoas”, afirmou o político, em entrevista ao jornal O Globo. Wagner afirmou que dava sua opinião como petista e não como governo, uma vez que avalia que há uma independência dos poderes já que a investigação está sendo feita pelo Ministério Público Federal e pela Justiça Federal.