Política

Pela sobrevivência, PSB, PPS, PV e Solidariedade discutem fusão

Publicado em 24/04/2015, às 09h50   David Mendes (Twitter: __davidmendes)




Joceval (PPS), Luciano (SD), Ivanilson (PV) e Lídice (PSB) terão que se entender

A possibilidade de fim das coligações proporcionais já nas eleições de 2016 ligou o sinal amarelo dentro dos partidos políticos brasileiros.

Caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 40/2011), já aprovada no Senado, receba sinal verde da Câmara dos Deputados, as legendas serão obrigadas a buscar alternativas para sobreviver politicamente.  

A possível proibição de coligações para o pleito de vereadores no ano que vem, por exemplo, atinge em cheio partidos com menor expressão, já que, sem a possibilidade de coligar com as grandes agremiações, os chamados nanicos, sem um bom puxador de voto, terão mais dificuldades para alcançar o quociente eleitoral necessário para ocupar uma cadeira no Legislativo municipal.

Depois do DEM e PTB, quem também discute a fusão é o PSB, PPS, PV e o Solidariedade (SD). Na Bahia, o PSB, presidido pela senadora Lídice da Mata, aliada histórica dos petistas baianos, caminha em lado oposto ao PV e ao PPS, aliados do prefeito de Salvador e líder oposicionista, ACM Neto (DEM).

Para o presidente estadual do PPS e vereador de Salvador, Joceval Rodrigues, inicialmente a discussão é a manutenção da federação partidária no Congresso, que deverá atuar unida politicamente também nos estados e municípios no ano que vem. “A federação já é um gesto para a fusão”, reconheceu o edil.

Já o presidente do PV baiano, Ivanilson Gomes, afirmou que, internamente, a possibilidade de fusão ainda não está amadurecida. “[O fim da coligação proporcional] é uma receita que pode não ser tão ruim para o PV. O partido pode ter mais benefícios. Em vários estados, o PV trabalha com listas próprias e foi quando cresceu o número de deputados e vereadores. Aqui em Salvador tivemos um desempenho melhor”, informou, ao reconhecer que na maioria dos 417 municípios baianos, o PV poderá sair enfraquecido com o fim da possibilidade de coligar, o que poderá levar a sigla a se unir a outras.

A reportagem tentou falar com a senadora Lídice, mas os telefonemas não foram atendidos. Já o dirigente estadual do SD, Luciano Araújo não foi localizado.

Publicada no dia 23 de abril de 2015, às 19h

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